Sistemática de Kapala Cameron, 1884 (Hymenoptera: Chalcidoidea: Eucharitidae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Schoeninger, Karine
Orientador(a): Oliveira, Marcio L. Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12380
http://lattes.cnpq.br/0013831201785182
Resumo: Kapala Cameron, 1884 é amplamente difundido em toda a região Neotropical, com exceção do Chile e uma espécie disjunta que é encontrada na África Central e Madagascar. A necessidade de uma revisão das espécies de Kapala foi observada a partir de suas descrições originais, que são extremamente sucintas, o que resultou em muitas identificações errôneas. A grande maioria das descrições menciona a coloração, que é extremamente variável; a presença de dois longos espinhos, presença de antenas flabeladas e mesoscuto alto e convexo. Essas características são comuns a todas as espécies tornando a identificação de suas espécies quase impossível. Apesar disso, a maior dificuldade encontrada dentro do grupo é a sua alta variação instraespecífica, mas ao mesmo tempo altamente conservada. Esta é a primeira tentativa de revisar as espécies conhecidas, descrever novos táxons e estabelecer uma linha de base para a taxonomia do gênero. Além disso, uma nova proposta filogenética para Kapala é fornecida. No Capítulo I, com base no exame dos espécimes-tipo e material complementar, redescrevemos as espécies-tipo do gênero e estabelecemos os limites das espécies válidas; quatro sinônimos foram realizados, K. atrata (Walker, 1862) sin. nov. e K. surgens (Walker, 1862) sin. nov. foram sinonimizadas com K. flabellata (Fabricius, 1804), K. striaticeps (Cameron, 1913) sin. nov. foi sinonimizada com K. inexagens (Walker, 1862) e K. sulcifacies (Cameron, 1904) sin. nov. foi sinonimizado com K. romandii (Guérin-Meneville, 1845); três lectótipos foram designados: K. cynipsea (Walker, 1862) pres. desig., K. inexagens (Walker, 1862) pres. desig. e K. terminalis (Ashmead, 1892) pres. desig., e sete espécies tiveram machos associados a fêmeas. Sete novas espécies sã descritas: K. confusa n. sp., K. corcovata n. sp., K. genistriata n. sp., K. gracilispina n. sp., K. haplospinosa n. sp., K. jalisca n. sp. e K. spinaepplanata, e uma chave de identificação para todas as espécies é fornecida. No capítulo II, um estudo filogenético com base em dados morfológicos e moleculares foi realizado com o objetivo de testar a monofilia de Kapala e as relações entre as suas espécies. Para este propósito, 61 caracteres relacionados à morfologia externa foram analisados. Para as análises moleculares, partes de cinco regiões de genes foram amplificadas: 18S, 28S-D2, 28S-D3-D5, COI-nj e COII. Como resultado, foi verificado em todas as análises, morfológica e molecular, que Kapala é parafilético, dividido em três complexos de espécies, que por sua vez, estão divididos por agrupamentos de gêneros distintos. No capítulo III, foi realizada a revisão do complexo de espécies iridicolor, bem como uma filogenia molecular com base em 5 genes, 3 nucleares e dois ribossomais. Como resultados, foram reconhecidas seis espécies dentro do complexo iridicolor, incluindo K. iridicolor descrita por Cameron (1904) e cinco novas espécies, sendo elas: K. cavicornis n. sp., K. ceciliae n. sp., K. ipa n. sp., K. longicornis n. sp. e K. parairidicolor n. sp. Além disso, uma diagnose do complexo K. iridicolor é fornecida, bem como uma chave de identificação para as espécies. No capítulo IV, foi realizada a revisão do complexo de espécies furcata e, também, uma filogenia molecular, sendo reconhecidas três novas espécies: K. deltalis n. sp., K. parafurcata n. sp. e K. quasimodo n. sp. Além disso, uma diagnose para o complexo furcata é fornecida, bem como uma chave de identificação para as suas espécies. No capítulo V, como base na filogenia morfológica e molecular, dois novos gêneros são descritos para a família Eucharitidae, Ecarinata n. gen. e Torquata n. gen., sendo fornecida uma chave revisada e atualizada para os gêneros Neotropicais de Eucharitidae.