Conhecimento tradicional como instrumento para conservação e manejo do caranguejo uçá ucides cordatus (Linnaeus, 1763) na reserva extrativista marinha de São João Da Ponta - Pará
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia - GAP
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12892 http://lattes.cnpq.br/9578263226977788 |
Resumo: | O objetivo deste estudo consistiu em conhecer as práticas extrativistas e identificar ações que contribuam para a conservação e o manejo do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) na Reserva Extrativista Marinha de São João da Ponta, Pará. Mais especificamente, este estudo buscou: caracterizar a população extrativista que trabalha com a extração do caranguejo naquela unidade de conservação; identificar e mapear de forma participativa as áreas de uso atual e potencial do caranguejo-uçá; e identificar ações e estratégias tradicionais de explotação do caranguejo-uçá naquela área. A REM S.J.P. possui uma área de aproximadamente de 3.203,24 ha, e a pesquisa foi conduzida nas comunidades de Guarajuba, Deolândia, Porto Grande e São Francisco, que constituem os maiores produtores de caranguejo da reserva. Este trabalho foi desenvolvido de acordo com os princípios da pesquisa qualitativa, utilizando questionários semiestruturados a fim de caracterizar o perfil socioambiental, a atividade extrativista, a comercialização e avaliar a percepção local do estado de conservação dos estoques locais do caranguejo-uçá. A fim de complementar as informações obtidas nas entrevistas, utilizamos o método de observação participante para demarcar as rotas de uso do manguezal com auxílio de GPS e cronômetro, e para confecção de mapas de uso dos recursos. A população estudada mostrou predominância masculina nesta atividade, com origem no próprio município, baixa escolaridade e média de idade de 36,5 anos. A maioria dos entrevistados declarou ser caranguejeiro (64,1%), e não compreender o significado de Reserva Extrativista (33,7%). Além disso, os caranguejeiros detêm um profundo conhecimento sobre a distribuição do recurso explorado e sobre o ecossistema manguezal, e podem auxiliar de maneira mais efetiva na gestão daquela Unidade de Conservação de Uso Sustentável. Este estudo torna-se relevante por trazer subsídios para auxiliar na gestão e manejo da extração do caranguejo neste território protegido, bem como para construção do Plano de manejo desta unidade de conservação. |