Crescimento inicial de espécies pioneiras e clímax em resposta a aplicação de calcário e formulações de npk em plantios para recuperação de áreas degradadas na região do Rio Urucu, Coari - Am
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5053 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732322T5 |
Resumo: | Na região do rio Urucu, Coari (AM), a PETROBRAS desenvolve a prospecção e produção de gás natural e petróleo. Nestas atividades, áreas florestais são desmatadas para diversas finalidades, em seguida, abandonadas e a recuperação ambiental segue com espécies florestais nativas da região. Geralmente, antes do plantio é feito o preparo do solo que envolve, além da aração e gradagem, a aplicação de 2 t/ha de calcário dolomítico e adubação em cova com 200 g NPK (10-30-10) e 50 g MgSO4. O objetivo deste trabalho foi procurar alternativas para este método, sem prejudicar o desempenho no plantio de quatro espécies florestais: duas pioneiras (Bellucia grossularioides Triana e Vismia japurensis Reich.) e duas clímax (Copaifera multijuga Hayne e Virola surinamensis (Roland) Warb). Em três áreas com cerca de 0,5 ha, foram testadas três doses de calcário (0, 1, e 2 t/ha) e duas formulações de adubação mineral (NPK 10-10-10 e NPK 10-30-10). O plantio foi realizado 90 dias após a aplicação do calcário, num espaçamento de 1 x 1 m entre as plantas, com uma adubação em cova de 200 g de NPK e 50 g de MgSO4. Um mês após o plantio, foi feito o replantio, para a substituição das plantas mortas, e forma iniciadas as medições de altura, diâmetro e contagem das sobreviventes. As avaliações foram repetidas após cinco e dez meses. Foram coletadas amostras de solo da área (três meses antes e cinco e dez meses após o plantio) e de folhas (antes e dez meses após o plantio) para análise química em laboratório. O pH e o teor de Ca2+ não variaram entre as doses de calcário (P>0,15). A maior disponibilidade de Mg2+ ocorreu nos tratamentos com calagem (P<0,01). A aplicação de NPK 10-30-10 forneceu quantidade significativamente maior de P no solo do que o NPK 10-10-10 (P<0,01). Apenas B. grossularioides teve sua concentração de Ca reduzida no tratamento sem calagem, comparada à dose de 2 t/ha (P=0,02). Quanto às formulações de adubo, apenas B. grossularioides apresentou maior teor de P quando plantada sob a aplicação de NPK 10-30-10 (P<0,01). No geral, a sobrevivência nos plantios foi bastante reduzida (média de todas as espécies: 58%). A sobrevivência foi independente dos tratamentos (P>0,30). C. multijuga apresentou menor sobrevivência (28%), seguida por B. grossularioides (30%), V. japurensis (44%) e V. surinamensis (50%). O crescimento de três espécies foi independente da calagem e das formulações de NPK utilizados. Ao contrário, V. surinamensis apresentou crescimento significativamente maior em altura e diâmetro quando adubada com NPK 10-30-10 (P<0,01). A calagem reduziu significativamente o crescimento relativo em diâmetro de C. multijuga na dose de 2t/ha de calcário (P<0,02). Não foram detectadas diferenças em resposta aos tratamentos, comparando as duas espécies de pioneiras com as duas espécies clímax. Aparentemente, neste estádio do desenvolvimento, condições físicas do solo e fatores climáticos foram mais decisivos para sobrevivência e crescimento inicial. A insuficiência de respostas à calagem sugere a possibilidade de utilizar uma dosagem inferior a de 2 t/ha de calcário dolomítico para reduzir os custos na recuperação de áreas com mesmo histórico de uso. Para avaliar o efeito das duas formulações de NPK, há necessidade de um período de observação maior, para verificar se outras adequações podem ser recomendadas. |