Fidelidade ao sítio por aves seguidoras de formigas-de-correição em florestas primárias e secundárias da Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Repolho, Aída Izabela Rodrigues
Orientador(a): Oliveira, Gonçalo Nuno Côrte-real Ferraz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11890
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4238705D5
Resumo: A fidelidade ao sítio, ou mensurável como a probabilidade de um animal retornar ou permanecer em um sítio previamente ocupado, tem importantes implicações para a ciência e manejo da vida selvagem. Em teoria observamos alta fidelidade em condições específicas, quando os recursos são homogeneamente distribuídos e disponíveis durante o tempo de vida de um indivíduo. Essas condições, no entanto, são freqüentemente não cumpridas. Este trabalho baseia-se na hipótese de baixa fidelidade ao sítio para aves que seguem formigas-de-correição, um recurso imprevisível e de distribuição heterogênea em florestas da Amazônia Central. Testamos as previsões de que a fidelidade ao sítio em aves seguidoras de formigas-de-correição é: 1) mais baixa em florestas secundárias do que primárias; 2) mais baixa para seguidores obrigatórios do que facultativos e, 3) mais baixa entre espécies seguidoras do que entre espécies não seguidoras da mesma família, hábitat e tamanho. O estudo foi realizado em duas parcelas de floresta primária e uma parcela de floresta secundária da área do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), ao norte de Manaus. As aves foram capturadas em redes de neblina distribuídas aleatoriamente nas parcelas e receberam anilhas numeradas fornecidas pelo Centro de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE). A amostragem foi feita ao longo de seis campanhas mensais. Os dados foram analisados sob uma abordagem Bayesiana utilizando um modelo multi-estados de marcação-e-recaptura para estimar parâmetros de sobrevivência, recaptura e movimentação entre parcelas de floresta primária e secundária. Contrário às nossas expectativas, as aves seguidoras de formigas-de-correição foram mais fiéis ao sítio de floresta secundária do que aos sítios de floresta primária. Na floresta secundária, as espécies não seguidoras de formigas aparentaram menor fidelidade ao sítio do que as seguidoras; no entanto, é possível que esta diferença seja influenciada pela quantidade de aves jovens de espécies não seguidoras utilizando a floresta secundária. Este estudo sugere que a floresta secundária com 25-30 anos de idade já é utilizada pelas aves seguidoras de formigas de forma semelhante às áreas de floresta primária adjacente.