Estrutura e dinâmica da comunidade de cladóceros planctônicos em um ambiente lacustre sob a influência do rio Negro no início da enchente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Irislane de Oliveira
Orientador(a): Silva, Edinaldo Nelson dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11230
http://lattes.cnpq.br/6504823669950553
Resumo: Em função da flutuação temporal do nível hidrométrico, podem ser delimitados quatro períodos durante o ciclo sazonal: enchente, cheia, vazante e seca. Essa flutuação do nível das águas se constitui na principal força que influencia a dinâmica das comunidades aquáticas Dentre os organismos aquáticos estão os cladóceros, microcrustáceos conhecidos como pulgas d’água e que fazem parte do zooplâncton. Nesse sentido o objetivo deste trabalho foi o de descrever aspectos da riqueza, densidade e reprodução de cladóceros planctônicos do lago do Tupé (Manaus, Amazonas) em particular, o efeito da entrada das águas do rio Negro no lago sobre esses três parâmetros. As amostras foram coletadas diariamente em três estações do lago Tupé nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2011. Um total de 9 espécies foram encontradas, sendo Bosminidae a família mais representativa (3). As espécies mais constantes foram Bosminopsis deitersi, Bosmina longirostris, Diaphanosoma spinulosum, Holopedium amazonicum e Moina minuta. Bosminopsis deitersi foi a espécie mais abundante ao longo do período de estudo. As maiores densidades de organismos foram registradas em E2 (estação do braço secundário). Tanto para diversidade e dominância quanto para a densidade o quarto decêndio (31 de janeiro a 09 de fevereiro) foi o que se destacou dos demais. Nas três estações de amostragem foi registrada a presença de fêmeas portando ovos partenogenéticos Os maiores registros de fêmeas ocorreram por volta de 21 de fevereiro a 10 de março, no qual a enchente do rio Negro já avançava bastante no lago. A entrada das águas do rio Negro no lago Tupé teve influência na variação da diversidade de espécies e densidade de indivíduos de cladóceros planctônicos do lago. Analisando todo o período, observou-se que o quarto decêndio destacou-se por apresentar mais variações e a abundância de fêmeas com ovos partenogenéticos apresentou variação conforme a enchente avançava. Além disso, em E2 parece ter um aumento mais expressivo no registro de fêmeas com ovos, o que em partes poderia ser explicado pela proximidade da atividade de piscicultura em tanque-rede realizada no lago.