Influência dos traços funcionais na distribuição de morcegos insetívoros aéreos em uma paisagem insularizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Colombo, Guthieri Teixeira
Orientador(a): Bobrowiec, Paulo Estefano Dineli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12013
http://lattes.cnpq.br/7409570204395029
Resumo: A construção de hidrelétricas tem gerado a perda de habitat e fragmentação de florestas tropicais. Essa modificação do ambiente dificulta a dispersão das espécies entre floresta contínua e fragmentos ou tenham dificuldades para se estabelecer em um novo local. Uma razão para esta exclusão é que os traços funcionais podem limitar a capacidade das espécies para habitar locais com certas características. O reservatório de água de hidrelétricas gera uma paisagem onde os atributos ambientais são completamente modificados pelo alagamento, formando ilhas com um gradiente de atributos ambientais entre elas. Isto faz com que a composição de espécies seja modificada em relação à floresta contínua e a distribuição das espécies sejam filtradas pelo ambiente. Neste estudo, nós avaliamos se a comunidade dos morcegos insetívoros aéreos é estruturada pelos traços funcionais ou pelas características ambientais em escala local e da paisagem, em uma região insularizada pelo reservatório de uma hidrelétrica na Amazônia. Utilizamos modelos PGLS para ajustar a dissimilaridade filogenética entre as 18 espécies de morcegos e verificamos através do AIC c quais dos nove modelos são mais sensíveis a insularização. A estatísticas RLQ possibilitou identificar quais as associações entre traços funcionais e atributos ambientais são mais fortes, e a partir dessas associações utilizamos a estatística fourth-coner para testar se a comunidade de morcegos foi estruturada pelas características ambientais ou pelos traços funcionais. Como resultado encontramos que os traços funcionais massa corpórea e largura de banda do ultrassom foram os mais influenciados pela insularização do ambiente. Os traços funcionais que foram melhores associados às variáveis locais também foram associados à escala de paisagem e os atributos do ambiente tem maior influência na estruturação da comunidade de morcegos do que seus traços funcionais. A grande variabilidade dos traços funcionais possibilita aos morcegos forragearem em diferentes ambientes, mas a persistência das espécies varia com a redução da área florestada, levando a exclusão de determinadas espécies devido as diferentes características nas ilhas insularizadas.