Variabilidade regional das nuvens de chuva na Bacia Amazônica visto por uma rede de radares meteorológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Saraiva, Ivan
Orientador(a): Dias, Maria Assunção Faus da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12981
http://lattes.cnpq.br/3535543427119044
Resumo: Um novo conjunto de dados baseado em 5 anos dos radares meteorológicos operacionais do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) habilitam novos conhecimentos em relação às chuvas na Bacia Amazônica. O conjunto de dados são calibrados com base no TRMM-PR, para remover diferenças entre os campos de refletividade e filtrar bloqueios parciais do feixe sobre a topografia. Características peculiares de 10 diferentes regiões são discutidas do ponto de vista dos ciclos anuais e diurnos dos campos de refletividade do radar, assim como a distribuição vertical da precipitação. Variabilidade da precipitação são analisadas nas regiões oeste e noroeste da Amazônia e sob diferentes regimes do vento meridional. Informações de raios são utilizadas para complementar a análise das características das nuvens. Similaridades nos ciclos anuais e diurnos são encontradas no noroeste e oeste, sudoeste e sul e nordeste e norte da Amazônia. Picos noturnos são encontrados na fração estratiforme no sul, sudoeste, oeste, noroeste, norte, centro oeste e região costeira. A fração convectiva nas regiões oeste, noroeste, norte e centro leste também mostraram picos noturnos. Análises da distribuição vertical da refletividade do radar para cada região indicaram que na costa norte, próximo a Belém é observado chuvas fortes e com sistemas convectivos profundos ao longo do ano. Mais próximos de nuvens oceânicas também foram observados em outras localizações da costa norte, como em Macapá, onde a frequência de raios é baixa. As localizações a oeste da Amazônia, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga estão próximas da Cordilheira dos Andes que pode influenciar na formação e intensificação das nuvens de chuva. São Gabriel da Cachoeira, localizado no noroeste da Bacia Amazônica apresente um regime chuvoso em todas as estações com suave decréscimo das chuvas entre agosto e outubro, quando os sistemas são mais convectivos e com maior frequência de raios. A variabilidade das chuvas no noroeste e oeste da Amazônia mostram que sob regimes de vento de norte, as chuvas são mais frequentes tanto em São Gabriel da cachoeira como em Tabatinga, no entanto, tendem a serem mais intensas e com caráter mais convectivo sob regimes de vento sul, em São Gabriel da Cachoeira e de norte em Tabatinga.