Estabelecimento de um sistema em aleias de leguminosas arbóreas consorciadas com pupunheira (Bactris gasipaes Kunth.) em solo Latossolo amarelo da Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Meirelles, Augusto Cruz de
Orientador(a): Souza, Luiz Augusto Gomes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5236
http://lattes.cnpq.br/4932436124110260
Resumo: No trópico úmido, a construção e a manutenção da fertilidade dos solos é um desafio dos que se dedicam à implantação de sistemas agrícolas sustentáveis. O sistema de cultivo em aleias tem sido demonstrado como uma alternativa para a agricultura familiar, pelo manejo sustentável destes solos ácidos de baixa fertilidade natural. Este trabalho objetivou avaliar a implantação e o estabelecimento inicial de um plantio de pupunha (Bactris gasipaes), em sistema de cultivo em aleias - alley cropping – consorciando leguminosas arbóreas em solo de terra firme de pequenas propriedades rurais da Amazônia Central, bem como obter informações sobre a quantidade e qualidade da biomassa podada de aleias de leguminosas. O experimento foi conduzido em solo Latossolo Amarelo, textura argilosa, de pequenas propriedades agrícolas do Ramal da ZF-1 da Vila Canaã, Manaus, Amazonas, no período de 10/05/2012 a 15/04/2013. Foram produzidas mudas das leguminosas: ingá (Inga edulis), palheteira (Clitoria fairchildiana) e sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) que, após passarem por um período de três meses de enviveiramento, foram cultivadas em sistema de aleias em linhas adensadas de 1m. A pupunheira foi estabelecida nas entrelinhas as 28 semanas após o plantio das leguminosas, no espaçamento de 2 x 2 m. Foi avaliada a altura, diâmetro no nível do solo, área de cobertura, diâmetro médio, grau de cobertura e sobrevivência das leguminosas antes e após a poda. A biomassa produzida pelas leguminosas foi quantificada e depois depositada nas entrelinhas de pupunheira, uma amostra do material foliar foi separada para análise química de seu conteúdo nutricional. Para avaliar o efeito da biomassa sobre o crescimento da pupunheira, foi monitorada a altura, diâmetro no nível do solo, área de cobertura, diâmetro médio e grau de cobertura das plantas. O sabiá apresentou rápido crescimento, sobrevivência e rusticidade. O sabiá destacou-se entre as espécies pela produção na primeira poda de 4,27 t ha-1 de biomassa da parte aérea fresca, fracionada proporcionalmente entre galhos e folhas com teores de N-foliar de 2,65 %. O ingá produziu 2,11 t ha-1 de biomassa fresca da parte aérea, com ¼ de material lenhoso e ¾ de biomassa foliar com concentração de N de 3,40 %. A biomassa podada de sabiá e ingá permitiu o aporte de mais de 30 kg ha-1 de nitrogênio. O plantio da pupunheira feito oito meses após o estabelecimento das leguminosas arbóreas beneficiou-se da biomassa depositada na primeira poda, por uma maior altura das plantas de pupunheira 16 semanas após o seu estabelecimento, no sistema em aleias comparado ao monocultivo. O aporte da biomassa podada das leguminosas arbóreas amenizou os efeitos adversos da acidez com aumento dos teores de carbono e matéria orgânica, comparado ao estado inicial do solo.