Himenópteros parasitóides de larvas frugívoras (Diptera: Tephritoidea) na Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas-Brasil
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12520 http://lattes.cnpq.br/6604693676469411 |
Resumo: | Foram estudados os parasitóídes de larvas frugívoras obtidos em frutos de espécies nativas da Reserva Florestal Adolpho Ducke (02° 53'S e 59°59'W), de janeiro a Julho de 2004, objetivando-se conhecer a composição de espécies e sua associação com os frutos. As coletas foram realizadas em quatro áreas da reserva, referentes às microbacias: Acará, Tinga, Bolívia e Ipiranga. Em cada área, foi delimitado um quadrante de 1km^(1x1 km). Os frutos silvestres foram coletados nas trilhas de acesso a cada área e nas trilhas que delimitavam os quadrantes, entrando no interior da floresta para realizar coletas, até cinco metros, de cada lado da trilha. Os frutos foram coletados caídos no solo e/ou, quando possível, das próprias árvores. Um total de 5.180 frutos pertencentes a 44 famílias e 137 espécies, foram coletadas, dentre as quais, 22 espécies, distribuídas em 19 famílias estavam infestados com larvas frugívoras. Desse total de espécies de frutos infestados, 17 são referidas pela primeira vez como hospedeiros de larvas frugívoras (Tephritidae, Lonchaeidae e Richardiidae). Foram obtidas espécies de moscas frugívoras de Anastrepha spp.(134), Neosilba spp.(93), Lonchaea spp.(10)e Richardia spp.(193). Das 12 espécies de Anastrepha, foram identificadas A. bahiensis Lima, 1937, A. coronilli Carrero & Gonzales, 1993 e A. fractura Stone, 1942, as demais,foram consideradas novas espécies por especialista. Foram feitos os primeiros registros de hospedeiros de: A. bahiensis em frutos de Ampelocera edentuia (Ulmaceae); A. coronilli em frutos de Bellucia dichotoma (Melastomataceae), Doliocarpus sp. (Dileniaceae), Guatteria discolor (Annonaceae) e Mourirí dimorphandra (Memecylaceae) e A. fractura em frutos de Maquira esclerofila (Moraceae). As 12 espécies de frutos associadas às espécies de Anastrepha, representam novos registros de hospedeiros para esse gênero de mosca. Em Lonchaeidae, foram identificadas Neosilba zadolicha McAlpine 1982, Neosilba major Mallocc, 1920, além de nove novas espécies (em fase de estudo), e Lonchaea sp. As espécies de Neosilba e Lonchaea são registrados pela primeira vez na Amazônia. Os lonqueídeos foram associados a 13 espécies frutíferas distribuídas em 9 famílias. Todas essas espécies de frutos representam novos registros de hospedeiros para a família Lonchaeidae. Richardia spp.foram associadas a 10 espécies frutíferas em 10famílias,sendo que,todas elas, representam novos registros de hospedeiros. Foram coletados 185espécimes de parasitóides pertencentes àsfamílias Braconidaee Figitidae. Em Braconidae,foram obtidas asespécies Doryctobracon areolatus(Szépligeti, 1911)(49), Opius sp.(10), Utetes anastrephae(Viereck, 1913)(11), Asobara anastrephae (Muesebeck, 1958) (8), Phaenocarpa pericarpa Wharton & Carrejo, 1999 (3), Idiasta delicata Papp, 1969 (1) e Asobara sp. (1);e em Figitidae, Aganaspis nordlanderi (32) e Aganaspis pelleranoi (25). Doryctobracon areolatus foi à espécie mais abundante e parasitou o maior número de espécies hospedeiras. P. pericarpa e /. delicata estão sendo registrados pela primeira vez na região Amazônica. A porcentagem de parasitismo entre os braconídeos variou de 0,33 a 66,67% e entre os figitídeos de 0,62 a 20%.As bacias leste(formada pelas microbacias Tinga e Ipiranga)e oeste(formada pelas microbacias Acará e Bolívia)não apresentaram diferenças entre si e nenhum padrão foi observado com relação à composição e diversidade das comunidades de parasitóide e moscas frugívoras |