Análise faunística e flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em cultivos de aceroleira, mangueira e goiabeira em três propriedades no município de Brasil Novo, Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Alexandra Soares de
Orientador(a): Ronchi-Teles, Beatriz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5352
http://lattes.cnpq.br/3899319644578378
Resumo: As moscas-das-frutas são insetos fitófagos que se destacam na fruticultura devido aos impactos ocasionados nos frutos, principalmente, pelas larvas que consomem a polpa. O levantamento da diversidade destes tefritídeos ainda é escasso no país, sobretudo na região Amazônica, portanto o objetivo deste trabalho foi conhecer a biodiversidade de moscas-das-frutas no município de Brasil Novo, PA, e a relação tritrófica entre Anastrepha spp. e seus parasitoides e três frutos hospedeiros, goiabeira (Psidium guajava L.), aceroleira (Malpighia emarginata DC.) e mangueira (Mangifera indica L.). Para os estudos de análise faunística e flutuação populacional, foram coletados semanalmente amostras de tefritídeos com o auxílio de armadilhas McPhail contendo atrativo alimentar de proteína hidrolisada de milho (Bioanastrepha®) a 5%, no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2019, que foram distribuídas em três propriedades. Para a flutuação populacional foi calculado o índice mosca/armadilha/dia (MAD) mensal e correlacionado com as variáveis climáticas: precipitação pluvial (mm), temperatura média (°C), e umidade relativa do ar (%). Para os levantamentos dos níveis de infestação e de parasitismo, foram coletados no mesmo período amostras de frutos recém-caídos de aceroleira, mangueira e goiabeira. Nas armadilhas foram obtidos 5.849 indivíduos, sendo identificados 12 espécies de Anastrepha e nove morfotipos, as espécies Anastrepha obliqua e Anastrepha striata foram as espécies que apresentaram os maiores índices ecológicos nas três propriededades, além destas Anastrepha serpentina também se destacou em uma das propriedades. O resultado obtido pelo coeficiente de Bray-Curtis, demonstraram que o Sítio Bela Vista e a Chácara Santa Rita apresentaram a maior similaridade com maior abundância quantidade de espécies em comuns. Não foi observada correlação significativa entre a flutuação populacional e as variáveis climáticas. Por meio das amostras de frutos coletados foram obtidos 4.324 pupários em goiabas, 2.682 em mangas e 644 em acerolas, as espécies identificadas foram A. obliqua em frutos de goiabeira (2,07%), mangueira (90,26%) e aceroleira (7,66%) e A. striata em frutos de goiabeira (98,8%) e aceroleira (1,19%). Foram identificados cinco espécies de parasitoides associados a A. obliqua: Aganaspis pelleranoi, Doryctobracon areolatus, Odontosema albinerve, Opius bellus e Utetes anastrephae. E seis espécies de parasitoides associados a A. striata: A. pelleranoi, D. areolatus, O. albinerve, O. bellus, U. anastrephae e Pachycrepoideus vindemmiae. Dentre as espécies de parasitoides identificadas D. areolatus foi a mais frequente em todas as frutíferas estudadas.