Propagação de Dioscorea trifida l.f. a partir de minitubérculo, estaquia e cultivo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Soares, Verena Makarem
Orientador(a): Ferreira, Sidney Alberto do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5380
http://lattes.cnpq.br/2434435822314801
Resumo: Os carás (Dioscorea spp.) são monocotiledôneas pertencentes à família Dioscoreaceae, sendo popularmente conhecidos como inhame, yam, ñame ou igname. As espécies mais cultivadas são aquelas que servem para alimentação, a exemplo de Dioscorea trifida. Possuem excelentes propriedades nutricionais e energéticas quando comparados com outros tubérculos, além de ser uma olerícola rústica pouco exigente quando se trata de solo, adubação e uso de defensivos agrícolas. Apesar das vantagens a cultura ainda apresenta baixa produtividade, principalmente pela baixa oferta de material propagativo de qualidade e ao seu elevado custo de aquisição. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a reprodução de D. trifida através de três métodos de propagação vegetativa que otimizem o uso desses tubérculos e garantam qualidade fitossanitária às mudas, a saber: mini-tubérculo, estaquia e cultivo in vitro. Mini-tubérculos oriundos de plantas com oito meses de idade foram divididos em cinco classes conforme sua massa e avaliados em experimento em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos e quatro repetições. Foram avaliadas as características brotação, índice de velocidade de brotação, tempo médio de brotação, número de brotos tubérculos-1 , percentual de tubérculos com dominância apical, número de folhas, comprimento de parte aérea e percentual de tuberização. Mini-tubérculos com massa acima de 18,45 g se mostraram promissores como material propagativo de D. trifida. Com a técnica da estaquia, avaliou-se a produção de mudas com apenas um segmento nodal, sem o uso de reguladores de crescimento, através de um experimento em DIC, com seis variedades/cruzamentos, sendo avaliados os percentuais de sobrevivência, brotação, enraizamento e tuberização, além do índice de velocidade de brotação e número de brotos e raízes estaca-1 . Estacas de todas as variedades/cruzamentos com apenas um segmento nodal e sem o uso de auxina exógena mostraram viabilidade na produção de mudas. No experimento com cultivo in vitro, foi avaliada a influência da benzilaminopurina (BAP) na indução de brotações in vitro de segmentos nodais de D. trifida, por meio de experimento em DIC, com quatro concentrações do regulador de crescimento, sendo analisadas a altura das plantas, os números de folhas, raízes e brotos, o percentual de sobrevivência e a formação de calo. Não houve diferença estatística significativa para o percentual de explantes brotados e número de brotos, demonstrando a possibilidade de multiplicação de D. trifida sem adição de BAP. Os três métodos se apresentaram promissores para propagação da espécie. Deve-se atentar para algumas características que garantiram a propagação, a saber: mini-tubérculos com massa acima de 18,45 g; e estacas e explantes para micropopagação devem conter um segmento nodal e não necessitam de adição de regulador de crescimento.