Biodiversidade de parasitos de peixes da ordem Characiformes de diferentes níveis tróficos: detritívoro Prochilodus nigricans Spix & Agassiz, 1829; herbívoro, Mylossoma duriventre (Cuvier, 1818) e onívoro Chalceus erythrurus (Cope, 1870) de lagos de várzea do rio Solimões, na Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gomes, Eloá Arevalo
Orientador(a): Malta, José Celso de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11504
http://lattes.cnpq.br/4927020630594362
Resumo: Foram estudados 215 hospedeiros da Ordem Characiformes de hábitos alimentares diferentes: 50 espécimes de Chalceus erythrurus (onívoro), 93 de Mylossoma duriventre (herbívoro) e 72 de Prochilodus nigricans (detritívoro) capturados em lagos de várzea durante os anos de 2012 e 2013 e 2015, todos os lagos localizados em um trecho entre Coari e Manaus no Amazonas. Foram coletados e identificados 4.007 indivíduos de 34 espécies parasitas de cinco táxons: Monogenoidea, Digenea, Nematoda, Branquiúra e Copepoda. Chalceus erythrurus foi hospedeiro de nove espécies: duas de Monogenoidea: Gênero novo A sp. e Gênero novo B sp.; duas de Digenea: Megacoelium sp. e Thylodelphys sp.; três de Nematoda: Procamallanus (Spirocamallanus) inopinattus, Brevimulticaecum sp. e Pseudoproleptus sp.; uma de Branquiura: Argulus chicomendesi e uma de Copepode: Ergasilus urupaensis. Mylossoma duriventre foi hospedeiro de 19 espécies: 12 de Monogenoidea, Anacanthorus toledoensis, A. cladophallus, Anacanthorus sp.n. 1, Anacanthorus sp.n. 2, Anacanthorus sp.n. 3, Mymarothecium sp.n. 1, Mymarothecium sp.n. 2, Mymarothecium sp.n. 3, Notozothecium robustum, Notozothecium sp.n., Gênero novo C sp. e Gênero novo D sp.; uma espécie de Digenea, Dadaytrema gracilis; quatro de Nematoda, Procamallanus (Spirocamallanus) inopinattus, Brevimulticaecum sp., Pseudoproleptus sp e Icthyouris sp.; uma de Branquiura, Argulus chicomendesi e uma de Copepode, Amplexibranchius briconys. Para Prochilodus nigricans foram 12 espécies: três espécies de Monogenoidea, Apedunculata discoidea, Tereancistrum toksonum e T. curimba; cinco espécies de Copepoda, Ergasilus urupaensis, Rhinergasilus piranhus, Miracetyma sp., Brasergasilus oranus e Brasergasilus sp.n.; quatro de Branquiura, A. chicomendesi, A. multicolor, Dolops bidentata e D. geayi. O órgão mais parasitado foi a brânquia por Monogenoidea. Apenas duas espécies foram secundárias: Monogenoidea Gênero novo B e A. toledoensis, as demais foram satélites e não houve registro de espécies centrais. Os resultados obtidos indicaram que a parasitofauna dos três hospedeiros teve maior riqueza e abundância de ectoparasitos e em relação ao período hidrológico apresentou maior abundância na cheia. A comunidade de metazoários teve padrão de distribuição agregado, caracterizada pela baixa riqueza e diversidade, mas comparativamente o hospedeiro onívoro foi o que apresentou maior diversidade.