Análise da estrutura e do estoque de fitomassa de florestas secundárias, resultantes de corte raso seguido de queimada, da região de Manaus (AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Lima, Adriano José Nogueira
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5167
Resumo: Na Amazônia o fogo é ainda o principal trato cultural utilizado no preparo do solo para agricultura e pecuária, tanto pelos pequenos como pelos grandes fazendeiros. Combinando a baixa fertilidade do solo e o baixo preço da terra, assim que as fontes naturais de nutrientes são exauridas, as áreas são abandonadas e novas florestas primárias são derrubadas e queimadas. Por conta disso, grandes extensões de área da Amazõnia são cobertas por florestas secundárias originadas de áreas abandonadas pela agricultura ou pastagem. Este estudo foi conduzido na Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EESTINPA) localizada, aproximadamente, no km 45 da BR-174 em capoeiras com diferentes idades (6, 10 e 25 anos) onde sofreram derruba seguida de queima. Foram mensurados todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito maior ou igual a cinco centímetros (DAP = 5 cm) em uma área de 0,4 ha para cada tratamento. Seis, dez e vinte e cinco anos após a queimada, a floresta secundária ainda é muito diferente da floresta original, considerando todos os parâmetros da estrutura da vegetação, como a composição florística, abundância, freqüência, dominância, índice de valor de importância (IVI) e a distribuição diamétrica. As espécies dominantes são, principalmente, das famílias botânicas Annonaceae, Arecaceae, Burseraceae, Cecropiaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lecythidaceae, Melastomataceae, Mimosaceae, Sapindaceae e Sterculiaceae. As estimativas de área basal, volume e fitomassa seca das capoeiras com, aproximadamente, 6, 10 e 25 anos de idade foram, respectivamente: 7,5 m².ha-¹, 12,8 m².ha-¹ e 19,2 m².ha-¹; 82,9 m³.ha-¹, 146 m³.ha-¹ e 225,9 m³.ha-¹; 26,3 t.ha-¹, 56,2 t.ha-¹ e 110,1 t.ha-¹. A conversão da floresta primária em secundária, através de derruba e queima, com aproximadamente, seis, dez anos e vinte e cinco anos de idade, já recuperaram 7,5%, 16,5%¨e 32,4% do estoque inicial em fitomassa seca, respectivamente.