Estratégias funcionais das espécies dominantes na sucessão florestal na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5018 http://lattes.cnpq.br/7621019729936510 |
Resumo: | O estudo das funções desempenhadas pelas espécies nas comunidades vegetais traz uma importante contribuição na compreensão da dinâmica das comunidades e seus efeitos no funcionamento do ecossistema. Deste modo, padrões de organização das comunidades podem ser melhor compreendidos nesta perspectiva funcional quando comparados com uma perspectiva estritamente taxonômica, e comparações entre regiões e biomas tornam-se factíveis através dos atributos funcionais. A dinâmica de atributos funcionais ao longo da sucessão secundária é uma boa oportunidade para analisar a organização de comunidades frente aos fatores ecológicos que originam estas florestas. O papel das espécies dominantes é fundamental neste processo, pois, estas refletem as respostas aos distúrbios e contribuem na dinâmica inicial do funcionamento do ecossistema. Sendo assim, este trabalho analisou a dinâmica de atributos funcionais das espécies dominantes em duas trajetórias sucessionais em florestas secundárias ao norte de Manaus. Para isso, os dados coletados ao longo de 14 anos pelo Projeto Pioneiras do Projeto de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais foram utilizados para calcular as espécies dominantes em área basal nas florestas convertidas a pastagem (FCP) e nas florestas de corte raso da vegetação (FCR). Área Foliar, Teor de Massa Seca da Folha, Área Foliar Específica e Densidade da Madeira foram os atributos funcionais coletados para 167 indivíduos de 26 espécies e tiveram suas médias ponderadas da comunidade (CWM) calculadas conforme a área basal no ano avaliado para cada transecto. A Altura e Diâmetro a Altura do Peito também foram coletados e o Peso das Sementes foi obtido através de dados da literatura. Para as FCP foi obtida apenas uma relação significativa com o tempo de sucessão: o CWM – Densidade da Madeira. Para as FCR o CWM – Área Foliar, Teor de Massa Seca da Folha, Área Foliar Específica e Peso das Sementes tiveram relações significativas variando conforme a inclinação da reta. A trajetória funcional dos transectos demonstra que as florestas de corte raso possuem uma maior extensão do que as florestas derivadas de pastagem e uma aparente direcionalidade na sucessão. A riqueza funcional (FRic) não apresentou diferença significativa entre as áreas, porém este valor é marginalmente significativo (t = 2,0504, p = 0,0659). Estes resultados corroboram com outros estudos sobre a possibilidade da sucessão encontrar-se estagnada em florestas derivadas da atividade agropecuária, o que pode resultar em perda da diversidade de espécies e funcional, da capacidade da floresta em suportar impactos futuros e que os seus serviços ecossistêmicos decaiam em qualidade. |