Influência da topografia na disponibilidade de nitrogênio mineral e na assimilação de nitrato por árvores da floresta de terra firme na Amazônia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Asmus, Gabriela Farias
Orientador(a): Luizão, Flavio Jesus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11821
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=C619738
Resumo: As condições de relevo, em pequena escala, não são homogêneas nas florestas de terra firme da Amazônia central. Platôs, vertentes e baixios são três categorias topográficas que possuem peculiaridades quanto à físico-química do solo, gerando ambientes distintos para o crescimento em tipo e biomassa da vegetação. Neste trabalho, comparou-se a disponibilidade de N mineral em solo florestal e a sua assimilação por duas espécies arbóreas nativas coexistentes nas mesmas categorias topográficas. Scleronema micranthum (Malvaceae) é considerada uma espécie oportunista-clímax no processo de sucessão florestal, e a copa de sua árvore geralmente atinge o dossel. Protium hebetatum (Burseraceae) é considerada clímax, e sua copa é geralmente restrita ao sub-bosque. A topografia foi fator de influência na disponibilidade de NO3 - e NH4 + do solo; entretanto, os valores de N foliar, NO3 - foliar e atividade da enzima RN não foram relacionados às diferenças na disponibilidade de N mineral. Árvores de S. micranthum apresentaram maiores concentrações de N foliar e maiores valores de atividade da enzima RN em comparação à espécie P. hebetatum. Por outro lado, árvores de P. hebetatum apresentaram maiores concentrações de NO3 - foliar. As diferenças encontradas entre as espécies S. micranthum e P. hebetatum sugerem diferentes estratégias no uso do N, possivelmente associadas às categorias ecológicas no processo de sucessão florestal e às posições distintas das copas no extrato vertical da floresta.