Ilhas de calor na cidade de Manaus: aspectos observacionais e de modelagem
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12591 http://lattes.cnpq.br/0073697861251731 |
Resumo: | O fenômeno de ilha de calor na cidade de Manaus foi estudado com o uso de dados de sensoriamento remoto e modelagem do clima urbano. Para os dados remotos foi utilizado o sensor MODIS do satélite ambiental Aqua, produtos MYD11C3 (temperatura de superfície – media mensal) e MYD13C2 (Indices de vegetação - NDVI e EVI – média mensal), ambos na resolução 5 km por 5 km. Também foi utilizado o produto MYD11A2 (temperatura de superfície) na resolução 1 km por 1 km do mesmo sensor para 2002 a 2012. Um estudo de caso foi analisado para os meses de agosto e setembro de 2009 com o produto MYD11A2 e também simulações com o modelo WRF na escala de 1 km por 1 km. Na resolução 5 km por 5 km foi possível identificar as áreas mais quentes da cidade em associação com o aumento ou diminuição da temperatura da superfície (TS) e índices de vegetação ao longo do período 2003 a 2011, a fim de verificar uma relação entre cobertura e temperatura da superfície. Os resultados mostram que existe uma relação inversamente proporcional entre os índices de vegetação e a temperatura da superfície, onde o incremento no aquecimento foi acompanhado pela diminuição da cobertura. A quantificação da intensidade da ilha de calor (IIC) para o domínio da cidade de Manaus indicou valores entre 4° C e 9° C para esta resolução espacial. No estudo de caso foi possível identificar a distribuição espacial da TS, indicando que as áreas mais quentes encontram-se nas Zonas Sul e intersecção das Zonas Leste e Norte da cidade. Foram analisados dois transectos (latitudinal e longitudinal) para a análise da IIC através da TS, os dados de satélites mostraram 29 ºC a 43 ºC e IIC de 10 ºC (em relação a floresta) a 13 ºC (em relação ao rio), enquanto os do modelo apresentaram de 38 ºC a 43 ºC e IIC entre 5 ºC (em relação à floresta) a 15 ºC (em relação ao rio). Ao final do trabalho foram analisados as variáveis do balanço de radiação e energia do modelo e verificou-se que os fluxos de energia na área urbana são diferenciados em relação ao ambiente de floresta e que o modelo representou-os satisfatoriamente, entretanto, a radiação de onda curta precisa ser melhor ajustada nas parametrizações do modelo. Também foram analisados dados de temperatura do ar de estações metereológicas da área de floresta e da área urbana, bem como medidas de campo da temperatura e umidade na área urbana, os quais foram comparados aos resultados obtidos com o uso do sensor MODIS e modelagem, corroborando-os. Portanto, tanto os dados remotos quanto a modelagem numérica apresentaram-se como ferramentas eficientes para o estudo do fenômeno de ilha de calor para a cidade. |