Crescimento, características fotossintéticas e compostos nitrogenados em plantas jovens de Inga macrophylla fertilizadas com nitrato e amônio
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5098 http://lattes.cnpq.br/6449609912763163 |
Resumo: | A assimilação de carbono depende, essencialmente, da capacidade das plantas em capturar e usar os recursos primários disponíveis, dentre os quais destaca-se a forma e a quantidade de nitrogênio. Espécies de leguminosas, quando em simbiose com bactérias do gênero Rhizobium presentes no solo, fixam o nitrogênio molecular (N2) e passam a ter maiores teores desse nutriente. No entanto, a disponibilidade de nitrogênio mineral no solo na forma de nitrato e amônio pode reduzir o processo de fixação biológica do nitrogênio e ocasionar mudanças no transporte de compostos nitrogenados via xilema. Assim, informações que relacionam o uso das diferentes formas de nitrogênio por espécies de leguminosas são necessárias para melhor compreensão do uso do nitrogênio, do efeito sobre a fotossíntese e, por conseguinte, o crescimento e ganho de biomassa. O objetivo desta pesquisa foi investigar as respostas de crescimento, assimilação de carbono, a sensibilidade do processo de fixação biológica do nitrogênio e as possíveis alterações de compostos transportados via xilema em plantas jovens de Inga macrophylla noduladas e submetidas à fertilização com nitrogênio mineral (nitrato e amônio) na concentração de 5 mM. Durante 150 dias de experimentação e com intervalos regulares, as seguintes variáveis foram determinadas: taxa de crescimento relativo e absoluto em altura e diâmetro; morfologia foliar; nodulação; acúmulo e alocação de massa seca; teores foliares e radiculares de nutrientes; teores de pigmentos cloroplastídicos; fluorescência da clorofila a, trocas gasosas, acúmulo de nitrato, amônio e ureídeos em folhas, raízes, nódulos e seiva e o transporte de compostos nitrogenados via xilema. De modo geral, a fertilização amoniacal e nítrica promoveu as maiores taxas de crescimento absoluto e relativo em altura em relação aos demais tratamentos, enquanto que a fertilização com amônio resultou no maior acúmulo de massa seca total e investimento em área foliar total e área média foliar. Os teores foliares de nitrogênio não diferiram entre os tratamentos, indicando a contribuição do nitrogênio proveniente da fixação biológica em plantas não fertilizadas. Quanto aos aspectos fisiológicos, à fertilização com nitrato proporcionou o maior investimento em Chl a, Chl b, Cx+c, Chltotal. Não foi observada diferença entre os valores de fotossíntese, bem como para as variáveis Fv/Fm, PIABS e PItotal. Contudo, plantas do tratamento com amônio apresentaram limitação estomática. A fertilização com nitrato favoreceu a nodulação, enquanto que o amônio inibiu parcialmente. Em todos os tratamentos, os ureídeos foram à principal forma de transporte de nitrogênio pela seiva do xilema. A análise do perfil de aminoácidos pela seiva do xilema indicou a asparagina (ASN) como o aminoácido mais proeminente. Desta forma, conclui-se que plantas de Inga macrophylla tem a capacidade de usar o nitrogênio mineral tanto na forma de amônio quanto de nitrato na concentração de 5 mM favorecendo o crescimento, além de possuir estratégias para conciliar o uso do nitrogênio mineral e manter a fixação do N2. |