Danos florestais e estimativa da redução no estoque de carbono em áreas de manejo florestal sob concessão pública: floresta nacional do Jamari – RO, Brasil
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5065 http://lattes.cnpq.br/9523839098963855 |
Resumo: | A Amazônia Legal, especificamente a região do Estado de Rondônia, vem sofrendo desde a década de 1970 com alterações ambientais em decorrência aos processos antrópicos de mudança de uso e cobertura do solo. Diante disso, em 2006 foi instaurada a política de concessão de exploração madeireira em áreas florestais públicas (Lei n° 11.284 de 02/03/2006), visando regulamentar a exploração manejada em terras públicas e reforçar a fiscalização dessas áreas contra atividades ilegais e de grande impacto à floresta. A proposta do presente projeto foi avaliar os danos florestais e a redução do estoque de biomassa acima do solo (AGB) e carbono (C) resultantes do manejo florestal aplicado nas áreas sob concessão pública da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. Foram realizadas avaliações em termos de instalação das infraestruturas de exploração madeireira (estradas, pátios, ramais de arraste e clareiras), danos florestais e redução do estoque de AGB e C nas áreas da Unidade de Produção Anual (UPA) 1 das Unidades de Manejo Florestal (UMFs) I e III. As infraestruturas foram mapeadas por meio de imagens de satélite de alta resolução. A coleta de dados de danos, abertura de dossel, diâmetro à altura do peito (DAP) e identificação botânica das espécies foi realizada em 72 parcelas (36 em cada UMF, 9 em cada tipo de infraestrutura). A estimativa da área ocupada pelas infraestruturas resultou em 83,50 ha na UMF I (14,8% da área total da UPA 1) e 286,47 ha na UMF III (17,8% da área total da UPA 1). A abertura de dossel média encontrada foi de 27,66% para a UMF I e de 28,9% para a UMF III, sendo maior nos pátios de estocagem, seguido pelas clareiras. A percentagem das árvores que não apresentaram danos florestais foi de 85,5%, e nas restantes observou-se maior frequência dos danos na copa (6,7%) em comparação aos danos no tronco (2,5%). O número de árvores mortas representou 5,3% do total de árvores avaliadas. A estimativa da perda em estoque de biomassa e carbono decorrentes à exploração madeireira na UMF III foi de 23,5%. Houve uma redução de 384,4 Mg.ha-1 para 294,1 Mg.ha-1 de AGB e de 184,5 Mg.ha-1 de carbono para 141,2 Mg.ha-1 posteriormente ao manejo. O grau de danos às árvores e perda em termos de AGB e C estão relacionados diretamente às práticas de manejo adotadas, podendo ser minimizados por estarem associados ao planejamento e execução de operações de forma adequada. |