Biologia reprodutiva e polinização de quatro espécies de Orchidaceae em uma campina e campinarana da Amazônia Central
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Botânica
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12730 http://lattes.cnpq.br/3284448630859710 |
Resumo: | No geral, Orchidaceae possui uma grande especialização floral garantindo uma ampla especialização quanto à polinização. Suas espécies são polinizadas por uma grande variedade de insetos, principalmente da Ordem Hymenoptera, e em menor número por beija-flores e até por ratos. Na Amazônia brasileira são poucos os estudos referentes à polinização, sendo desta forma contempladas poucas espécies. O objetivo desse trabalho foi descrever a biologia floral e o mecanismo de polinização de quatro espécies de Orchidaceae ocorrentes em campina e campinarana da Reserva Biológica de Campina do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O acompanhamento da fenologia da floração foi feito entre setembro de 2011 e fevereiro de 2013. Procedeu-se a caracterização morfológica das espécies, identificação de estruturas que oferecem recursos florais, áreas de reflexão de luz ultravioleta e a verificação da produção de odores. A biologia floral, o mecanismo de polinização e os visitantes florais foram registrados por meio de observações focais em campo. A eficiência dos polinizadores foi elucidada por meio da taxa de remoção e deposição de polinários. O sistema reprodutivo foi testado por meio de polinizações controladas (polinização cruzada, autopolinização manual, emasculação, autopolinização espontânea) e polinização aberta. Encyclia mapuerae possui osmóforos localizados entre os lobos laterais, é polinizada por engodo por fêmeas de Centris varia e possui uma série de outros insetos como visitantes florais que apenas removem o polinário. É autocompatível e possui uma taxa de frutificação de 6,90%. Heterotaxis superflua apresenta osmóforos nas pétalas e sépalas, o seu polinizador é Trigona williana que coleta uma substância secretada pela calosidade do labelo. É autocompatível e possui uma taxa de frutificação natural de 51,28%. Camaridium ochroleucum apresenta grande quantidade de osmóforos localizados no labelo e oferece tricomas alimentícios aos seus polinizadores que são Melipona illustris e Trigona fulviventris. Mostrou-se autoincompatível e possui uma taxa de frutificação natural de 8,16%. Tem também como visitantes e pilhadores de pólen as espécies Tetragona handlirschii e Apidae1. Ornihidium rigidum é polinizada por Polybia bistriata e sua população corre certo risco uma vez que não foi observada a formação de frutos em meio natural devido ao fato de formigas cortadeiras inviabilizarem quase que 100% das flores. |