O impacto da presença de rios e área urbana no desenvolvimento de um sistema meteorológico de meso escala na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12977 http://lattes.cnpq.br/2419099642626455 |
Resumo: | O impacto da urbanização sobre fenômenos meteorológicos de mesoescala tem sido foco de diversas pesquisas. Estas têm mostrado que áreas urbanas modificam o padrão espacial e o volume chuva, e o ciclo de vida do fenômeno meteorológico. Na Amazônia, as grandes cidades são tipicamente margeadas por rios e áreas de floresta densa, que influenciam e são influenciadas por sistemas convectivos de mesoescala. Estudos de como estas grandes cidades, rios e floresta densa, impactam os fenômenos de mesoescala ainda não foram explorados. Neste trabalho foram realizados experimentos numéricos para avaliar o efeito da presença de rios, floresta e cidade, como também experimentos para avaliar o impacto do crescimento horizontal da cidade na passagem de uma linha de instabilidade (LI). Os resultados mostram que os máximos convectivos da LI são intensificados na passagem sobre a cidade. Por outro lado, sem a cidade, a LI enfraquece durante sua passagem, voltando a se intensificar após deixar a cidade. A ausência do rio produziu uma LI mais fraca, que chegou antecipadamente à cidade e atingiu máximo convectivo após passagem pela cidade. Estes experimentos mostraram que não apenas o efeito urbano é responsável pela intensificação da LI sobre a cidade, e que a co-dependência com o rio influencia a distribuição e quantidade de chuva. Já com a expansão urbana há redução da nebulosidade sobre a cidade, o que aumenta o saldo de radiação à superfície e modifica os padrões de particionamento de energia. Anomalia positiva térmica, imposta pela expansão da cidade é transportada para níveis mais altos da atmosfera e corrente abaixo da cidade. Este processo, induz o enfraquecimento de atividades convectivas sobre a superfície urbana levando a redução do acumulado de chuva. A combinação dos impactos provocados pela expansão urbana, se somam à diversidade dos diferentes tipos de cobertura da superfície, na mudança das circulações locais. Essa alteração desloca a atividade convectiva para longe da área de urbanização em um cenário de forte crescimento da cidade. O efeito térmico do crescimento da área urbana também se soma ao efeito mecânico que conduz a formação de uma zona de obstrução, que dificulta a manutenção de sistemas convectivos sobre a cidade. Ademais, os rios impactam o sentido de propagação da LI após passagem sobre a cidade. Estes resultados contribuem para compreensão do papel de rios e cidades sobre o desenvolvimento de uma LI na Amazônia Central, e mostra que o refinamento de escalas nos experimentos numéricos são fundamentais para a representação das interações entre o sistema e a superfície. |