Taxonomia molecular dos complexos Anopheles oswaldoi (Peryassú, 1922) e Anopheles konderi Galvão & Damasceno (1942) (Diptera: Culicidae: Anophelinae) da Amazônia brasileira
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12413 http://lattes.cnpq.br/7716214952107752 |
Resumo: | A identificação correta das espécies de anofelinos é de fundamental importância para o planejamento dos programas de controle dos vetores de malária. A escassez de estudos sobre a distribuição geográfica e a dinâmica de cada vetor na transmissão da malária limita o completo entendimento da transmissão desta doença na Amazônia brasileira. As espécies Anopheles oswaldoi e A. konderi constituem complexos de espécies crípticas, com distribuição geográfica em países da América do Sul, sendo a primeira incriminada como vetor de malária humana na Colômbia e em algumas localidades da Amazônia brasileira. O presente estudo teve como objetivo identificar molecularmente e inferir as relações evolutivas das espécies dos complexos A. oswaldoi e A. konderi, com o emprego de dois marcadores moleculares, a região do DNA barcode (gene COI) do DNA mitocondrial e o segundo espaçador interno transcrito (ITS2) do DNA ribossomal. As sequências de COI (n=83) e de ITS2 (n=27) foram obtidas de 18 localidades procedentes de cinco Estados da Amazônia brasileira: Acre (3), Amapá (7), Amazonas (5), Pará (1) e Rondônia (2). As sequências consenso de COI apresentaram comprimento de 663 pb que geraram 43 haplótipos e seis redes não conectadas sugerindo cinco espécies distintas, enquanto para o ITS2 foram identificados dez genótipos. As sequências de ITS2 variaram em comprimento de 441 pb a 511 pb entre as espécies. Anopheles oswaldoi B foi à espécie que apresentou maior número de mutações, com quatro transversões, uma transição e uma deleção. Os valores médios de distâncias genéticas intraespecíficas variaram de 0,007 a 0,014 e as distâncias genéticas médias interespecíficas variaram de 0,038 a 0,062. As análises filogenéticas separadas e concatenadas usando os respectivos algoritmos e modelos evolutivos Neighbor Joining (NJ - K2P), Máxima Verossimilhança (MV - HKY) e Inferência Bayesiana (IB - HKY/GTR), resultaram em topologias com moderado a alto suporte para os clados. As análises de NJ e MV apresentaram melhores resoluções, com dois maiores clados e um clado mais basal. Um dos clados foi representado por A. oswaldoi s.s. e A. oswaldoi B, o outro agrupou A. konderi e A. sp. nr. konderi. A. oswaldoi A formou um clado separado e basal. Todos os clados e subclados tiveram elevado valores de suporte de bootstrap e probabilidade posterior e sugerem monofilia recíproca. A árvore de espécie por meio de IB no *BEAST agrupou A. oswaldoi A e A. konderi como clados relacionados, indicando parafilia do complexo A. konderi. Tanto as análises filogenéticas, quanto as distâncias genéticas sugeriram a presença de prováveis linhagens genéticas especialmente em A. oswaldoi A. As análises de inferências filogenéticas sugerem que as cinco espécies podem ser agrupadas em um mesmo complexo. Os estudos de distribuição geográfica associados com retrospecto de A. oswaldoi s.l. infectado sugerem que A. oswaldoi B pode ser o vetor de malária do complexo no extremo norte da região Amazônica brasileira. |