O custo oxidativo da reprodução predomina em fêmeas ou machos de Semaprochilodus taeniurus?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Solis Garcia, Rosa Karina
Orientador(a): Val, Adalberto Luís
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11437
http://lattes.cnpq.br/8450066251352425
Resumo: As migrações longas são realizadas por animais para vários fins ecológicos, sendo o reprodutivo um dos mais importantes. Durante esse processo, a demanda de energia do animal é aumentada, induzindo adaptações no nível fisiológico, para lidar com esse estado de consumo energético elevado, e consequente “estresse oxidativo” associado. Com o objetivo de testar o “estresse oxidativo”, suposto custo fisiológico decorrente da reprodução, em fêmeas e machos de Semaprochilodus taeniurus, foram realizadas análises de parâmetros hematológicos, análises enzimáticas e danos oxidativos no coração e fígado de indivíduos no final da migração reprodutiva, coletados no rio Negro, na região do Lago Catalão, Bacia Amazônica. Os parâmetros hematológicos analisados foram: hematócrito, concentração de hemoglobina, número de eritrócitos e constantes corpusculares (VCM, HCM, CHCM) e os níveis plasmáticos de glicose e lactato. O estresse oxidativo foi quantificado de maneira indireta por meio de medidas das enzimas antioxidantes (superoxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase e glutationa-S-transferase) e, de maneira direta por meio da análise de marcadores de danos oxidativos, o ensaio cometa, que mede danos na molécula de DNA, e lipoperoxidação, que mede danos causados nos lipídeos da membrana celular. Os resultados mostraram valores maiores da hemoglobina corpuscular média (HCM), glicose, glutationa-S-transferase, superóxido dismutase, lipoperoxidação e danos no DNA nos machos comparado às fêmeas. O único parâmetro observado com valor mais alto nas fêmeas foi o número de eritrócitos. Com base nos resultados, concluímos que, o estresse oxidativo foi maior nos machos do que nas fêmeas, mostrando que, nessa espécie de peixe migratório, a reprodução parece produzir um custo fisiológico maior nos machos que nas fêmeas.