Análise silvicultural através de fotografias hemisféricas de quatro espécies nativas em plantio consorciado em clareiras em regeneração em Presidente Figueiredo, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Reis, Felipe Guimarães
Orientador(a): Vieira, Gil
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5067
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4454044D7
Resumo: A exploração madeireira, associada à expansão da agricultura e pecuária, é um dos principais causadores do desmatamento na Amazônia todos os anos, causando a redução de habitats para espécies animais e vegetais, aumentando a fragmentação e a pressão sobre populações de árvores comerciais, principalmente das primárias. Neste contexto, os plantios de recuperação de áreas degradadas tornam-se importantes, uma vez que enriquecem as áreas abandonadas, aceleram a sucessão ecológica e diminuem a o risco de extinção das espécies exploradas, sendo assim, fundamentais para a conservação da biodiversidade. Assim, foram selecionadas quatro áreas do assentamento rural de reforma agrária Cristo Rei Uatumã no município de Presidente Figueiredo, estado do Amazonas, submetidas à exploração madeireira, onde foram plantadas, em forma de consórcio, espécies com valor comercial de produtos madeireiros e não madeireiros, quais sejam: Aniba rosaeodora Ducke, Copaifera multijuga Hayne, Couma macrocarpa Barb. Rodr. e Parahancornia amapa Huber Ducke. Porém, ainda carece-se de informações acerca de consórcios florestais na Amazônia submetidos a diferentes tratamentos e o conhecimento das taxas de sobrevivência e das respostas de crescimento das espécies submetidas aos distintos ambientes torna-se essencial para recomendação e criação de um rol de espécies para plantios de regeneração. Logo, este trabalho teve o objetivo de avaliar a sobrevivência e o crescimento das espécies citadas após seis anos de plantio e verificar se têm alguma relação com o ambiente lumínico onde se encontram as árvores jovens. O ambiente de luz e a estrutura da floresta das áreas foram caracterizados através de fotografias hemisféricas de dossel sobre cada indivíduo juvenil. Os solos das parcelas também foram avaliados quanto à fertilidade e textura, uma vez que podem influenciar o crescimento. Não houve diferenças significativas da fertilidade e textura do solo entre as clareiras, havendo somente uma pequena diferenciação entre as clareiras e a área controle de floresta madura. Já o ambiente luminoso e a abertura do dossel foram diferentes entre as áreas e devem estar influenciando diferencialmente o crescimento das plantas. Algumas cresceram relativamente mais rápido do que outras nas clareiras, sugerindo e reforçando uma classificação delas quanto à heliofilia. Por outro lado, a sobrevivência de todas as espécies foi alta em todas as clareiras. No ambiente sombreado, houve uma ligeira diferença entre elas, retificando a classificação funcional delas. C. multijuga parece ser a mais tolerante à sombra, enquanto Couma macrocarpa a mais heliófila, com a A. rosaeodora ficando entre elas. Já P. amapa, como foi altamente predada na floresta primária e não foi conduzido o plantio pelos comunitários de acordo com o sugerido no desenho experimental para as áreas de clareira, teve a sua avaliação de sobrevivência comprometida. Conclui-se que espécies pertencentes a diferentes grupos funcionais devem ser plantadas em consórcios múltiplos, uma vez que diversifica-se o valor econômico da floresta e aumenta-se a resiliência da área degradada, sendo assim, importante para a geração de renda e a conservação da biodiversidade.