Ecologia trófica de quatro espécies de peixes dominantes na área do reservatório da usina hidrelétrica de Balbina, Amazonas, Brasil
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11366 http://lattes.cnpq.br/5894794781357410 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo analisar a dieta de Agoniates halecinus, Auchenipterichthys longimanus, Bryconops alburnoides e Hemiodus argenteus, quatro espécies de peixes dominantes no reservatório da Usina Hidrelétrica de Balbina, em três habitats (água aberta, margem e paliteiro) durante os períodos de chuva e de estiagem. Nossa hipótese era de que haveria diferenças na dieta das espécies por habitat, em virtude da diferença em complexidade estrutural entre eles, e por período sazonal, em função das mudanças na oferta de alimentos. A dieta foi analisada pelos métodos de Frequência de Ocorrência e Volume Relativo, combinados pelo Índice de Importância Alimentar. Por meio de análises de ordenação dos dados (NMDS), foi analisada a variação na composição da dieta de cada espécie por tipo de habitat e período sazonal. Bryconops alburnoides e A. longimanus foram classificadas como insetívoras e A. halecinus como piscívora. Hemiodus argenteus foi classificada como detritívora, herbívora ou onívora, dependendo do habitat e período analisados. As análises de ordenação dos dados demonstraram que houve maior variação na composição da dieta das espécies no período de chuva. Em relação aos habitats A. halecinus e A. longimanus apresentaram maior variação na composição da dieta nos paliteiros, H. argenteus nas margens do reservatório e para B. alburnoides a variação entre os ambientes foi pouco acentuada. Isto indica que a atenuação do pulso de inundação pelo represamento do rio Uatumã não anulou por completo a variação temporal no nível da água (e, provavelmente, na oferta de alimentos no reservatório), o que se refletiu na mudança na dieta de algumas espécies. Esses resultados também sugerem que a predominância das espécies foco deste estudo no reservatório da UHE Balbina seja resultado da abundância de recursos alimentares, e que a estrutura das assembleias de peixes talvez seja regulada por mecanismos do tipo bottom-up. |