A influência de fatores ambientais sobre padrões de distribuição espacial de comunidades de serpentes em 25 km2 de floresta de terra firme na Amazônia central
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11851 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4509026E2 |
Resumo: | O presente estudo determinou a influência de fatores ambientais, expressos em gradientes, sobre a riqueza e composição de espécies de serpentes na Reserva Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, Brasil. Para isso foram utilizadas 46 parcelas de 250 m de comprimento, sendo 30 uniformemente distribuídas, que acompanham as curvas de nível, e 16 ripárias, que acompanham os leitos dos igarapés. Cada parcela foi percorrida seis vezes para o registro visual de serpentes. As variáveis ambientais testadas foram distância dos igarapés, profundidade de liteira, declividade do terreno e porcentagem de argila do solo para as parcelas uniformemente distribuídas, e profundidade da liteira e tamanho dos igarapés para as parcelas ripárias. Foram encontradas 189 serpentes, pertencentes a 38 espécies de seis famílias, mas a curva de rarefação (índice de Mau Tao) não atingiu a assíntota. Onze espécies não foram incluídas nas análises por terem sido registradas apenas fora dos limites das parcelas. Não houve indício de relação entre número de espécies registradas por parcela e qualquer uma das variáveis medidas. A composição de espécies, no entanto, resumida em quatro eixos de uma ordenação por NMDS baseada em uma matriz de dissimilaridades Chão entre parcelas, diferiu significativamente entre áreas ripárias e não ripárias. A profundidade de liteira aparentemente influencia a composição de espécies tanto em áreas ripárias como não-ripárias, mas esse resultado pode refletir a influência da camada de liteira sobre a detectabilidade das espécies. A diferença na composição de espécies entre parcelas ripárias e não ripárias tem importante implicação para manejo e conservação, porque a legislação ambiental brasileira prevê proteção a uma faixa marginal de 30 m para igarapés de tamanhos semelhantes aos da Reserva Ducke. Contudo, as serpentes parecem reconhecer zonas ripárias maiores que isso. Se apenas as áreas contempladas pela lei fossem protegidas, a maioria das espécies associadas às zonas ripárias estaria em risco. |