Resumo: |
As helicônias são plantas ornamentais tropicais de grande interesse na floricultura brasileira, e dentre elas destaca-se a Heliconia chartacea (Lane x Barreiros) var. Sexy Pink, cuja micropropagação permite a obtenção de mudas em larga escala, com genótipo idêntico ao do ancestral e alta qualidade fitossanitária. Com o objetivo de determinar a composição do meio de cultura e o efeito das citocininas Benzilaminopurina (BAP) e Tidiazuron (TDZ) para a multiplicação in vitro, o efeito de diferentes concentrações de sacarose no meio de cultura para o enraizamento in vitro e a influência de diferentes substratos sobre a aclimatização de plantas de H. chartacea var. Sexy Pink., foram testados diferentes níveis de nitrogênio e cálcio no meio básico de cultura MS (Murashige & Skoog, 1962) em combinações com BAP, TDZ e diferentes concentrações de BAP, associado ou não a água de coco. O tratamento com o meio de cultura MS acrescido de 0,25 mg L-1 de TDZ, seguido do tratamentos MS e 3 mg L-1 de BAP e MS com 220,00 mg L-1 de CaCL2.2H2O e 0,25 mg L-1 de TDZ foram os que apresentaram melhores respostas para a emissão e tamanho das brotações, corroborando com Nannetti & Pinto (1995), que verificaram a necessidade de diferentes concentrações de citocininas para diferentes níveis de nitrogênio e cálcio para o desenvolvimento de brotações de Heliconia sp. Verificou-se também que para as variações das concentrações de BAP não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos com 2 e 3 mg L-1 associados ou não com água de coco, porém, a concentração com 2 mg L-1 e 10% de água de coco conferiu melhores resultados demonstrando ser o melhor meio de cultura para a multiplicação da H. chartaceae var. Sexy Pink. Para o enraizamento, mudas micropropagadas com 3 – 5 cm de altura foram inoculadas em meio de cultura MS com metade da concentração salina (MS/2) suplementado com diferentes concentrações de sacarose (0; 15; 30; 45 e 60 g L-1). A ausência de uma fonte endógena de açúcar não inibiu a formação de raízes, porém estas foram poucas e muito finas. Quando a concentração de sacarose utilizada foi de 15 a 60 g L-1, a produção da biomassa da raiz foi aumentada dando a planta uma possibilidade maior de estabelecimento para a fase de aclimatação. As doses de 45 e 60 g L-1 provocaram redução na massa seca das raízes pois, propiciaram a formação de raízes mais grossas e quebradiças, devido ao maior acúmulo de água nos tecidos. Não foram observadas diferenças significativas no número médio de raízes emitidas por explante nas diferentes concentrações de sacarose à exceção do tratamento controle, porém comparando-se o peso seco das raízes, pode-se constatar que a adição de sacarose na concentração de 30 g L-1 no meio MS, foi a que apresentou maior incremento de massa, demonstrando ser o melhor meio de cultura para o enraizamento da H. chartacea var. Sexy Pink. Para a aclimatização, utilizaram-se seis tipos de substrato, T1: Bioplant ®; T2: Fibra de coco; T3: Fibra de coco + Bioplant ®; T4: Fibra de coco + Húmus de minhoca; T5: Fibra de coco + Bioplant ® + Húmus de minhoca e T6: Areia + Vermiculita. A taxa de sobrevivência variou de 83 % a 92 % não havendo diferenças estatísticas entre os tratamentos avaliados. O tratamento 3 proporcionou um desenvolvimento maior do sistema radicular que os demais, sendo os substratos T1 e T6, os que induziram um menor desenvolvimento. Houve um maior acumulo de matéria seca na parte aérea das plantas aclimatizadas no T2, sendo seguidas pelas suas variações T3, T4 e T5, produzindo mudas mais vigorosas. O substrato a base de fibra de coco seco foi o que proporcionou o maior incremento de massa seca da parte aérea e raiz, sendo o mais indicado para aclimatização de Heliconia chartacea (Lane x Barreiros) var. Sexy Pink. |
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