Como o novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) afeta o desmatamento no município de Boca do Acre - AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Roriz, Pedro Augusto Costa
Orientador(a): Fearnside, Philip Martin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5052
http://lattes.cnpq.br/2003144720335606
Resumo: A lei 12.651/2012 que substituiu a lei 4.771/1965 e instituiu o “mais novo” Código Florestal Brasileiro, gerou polêmica acerca da justificativa utilizada para a modificação, dúvidas sobre sua capacidade de proteger as florestas e sobre sua aplicabilidade. Para compreender as implicações e motivos da alteração e estimar as possíveis consequências ambientais e sociais futuras, esta dissertação foi estruturada em três capítulos sendo: o primeiro uma revisão bibliográfica sobre o histórico do Código Florestal, de sua criação até a última substituição ocorrida em 2012; o segundo sobre a delimitação das áreas de preservação permanentes (APPs) ao longo dos cursos d’água e, as consequências ecológicas e sociais das novas definições legais sobre essas áreas, para o município de Boca do Acre, Amazonas; o terceiro, a modelagem do desmatamento em Boca do Acre até 2025 considerados 3 cenários sendo dois contrafactuais que tem como premissas a proibição total do desmatamento dentro das áreas de preservação permanente nas margens de cursos d’agua de acordo com as duas versões da legislação (Código Florestal de 1965 e de 2012) e um cenário linha de base que segue as tendências atuais em relação as taxas de desmatamento dentro dessas áreas. Os resultados mostram que historicamente o Código Florestal sempre esteve atrelado a interesses econômicos e que a lei 12.651/2012 surgiu com o objetivo de legalizar irregularidades cometidas. De fato a nova legislação reduz as áreas protegidas e com isso reduz o passivo ambiental em áreas de preservação permanente em 24% no município de Boca do Acre. A modelagem evidenciou o papel das Unidades de Conservação e Terras Indígenas em proteger as florestas, as estradas como fator de atratividade para novos desmatamentos e mostrou que a maior consequência do Código Florestal de 2012 é a redução da proteção de áreas frágeis de transição entre ecossistemas terrestres e fluviais com implicações para os ciclos biogeoquímicos, mudanças climáticas e para as populações humanas e animais que ali vivem.