Produção de mudas de Castanha de Cutia (Couepia edulis prance), utilizando diferentes tipos de estacas e concentrações de AIB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Leandro, Raimundo Cajueiro
Orientador(a): Yuyama, Kaoru
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5278
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4745626D6
Resumo: A castanha de cutia (Couepia edulis Prance) é uma planta nativa da Amazônia, que está distribuída nas terras firmes de quase todos os estados da região. A árvore adulta produz em torno de 200 kg de frutos por ano, ricos em proteína, cujas sementes contêm cerca de 73% de óleo, que é utilizado na alimentação de populações locais, além de mostrar potencialidade para uso industrial. A propagação dessa espécie se dá, normalmente, via sementes que germinam poucas semanas após o plantio. Entretanto, esse processo é demorado, pois requer a retirada do pericarpo, tratamento sem o qual as sementes podem levar até um ano e meio para germinar, o que acaba dificultando essa forma de multiplicação de castanha de cutia. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a produção de mudas de castanha de cutia, utilizando diferentes tipos de estacas e concentrações de Ácido Indolbutírico (AIB). As estacas foram retiradas de plantas adultas, com mais de 20 anos, procedentes de uma área experimental localizada na Estação Experimental de Fruticultura do INPA, na rodovia 174, Km 41. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, seguindo o esquema fatorial 4 x 3 com quatro repetições. Cada unidade experimental foi composta por 10 estacas, sendo os fatores: tipos de estacas (estacas herbáceas com folhas inteiras, estacas herbáceas com meias folhas, estacas herbáceas sem folhas e estacas semilenhosas sem folhas) e concentrações de Ácido Indolbutírico (0, 3.000 e 6.000 ppm). As estacas tiveram suas bases imersas na solução de AIB por um tempo de cinco segundos. O plantio das estacas ocorreu imediatamente à imersão na solução líquida de AIB. A coleta de dados foi realizada mensalmente, durante seis meses e as variáveis avaliadas foram: formação de calos, emissão de brotos e emissão de raízes, com dados em porcentagem. Ao final das avaliações, a maior porcentagem na emissão de brotos ocorreu nas concentrações de 0 (testemunha) ppm e 3.000 ppm de AIB (21,25% e 28,12%, respectivamente), aos 30 dias. Entre as estacas, a emissão de brotos foi maior nas estacas herbáceas sem folhas e semilenhosas sem folhas (28,33% e 33,33%, respectivamente), após 180 dias de observação. Na variável formação de calos, as maiores percentagens foram obtidas na testemunha (13,75%) e nas estacas herbáceas com folhas inteiras e meias folhas (17,5% e 15%, respectivamente), aos 180 dias. A emissão de raízes mostrou uma tendência maior na testemunha (15%) e na concentração de 6.000 ppm de AIB (11,25%), aos 180 dias. As estacas que tiveram maior emissão de raízes foram as estacas herbáceas com folhas (inteira e ½ folha) com 22,5% e 21,67%, respectivamente. Esse resultado nos permite concluir que é possível produzir mudas de castanha de cutia pelo método da estaquia, sem uso de hormônio AIB.