Diferenciação genética em espécies de Anopheles do Subgênero Nyssorhynchus e Anopheles da Amazônia brasileira, Com base em dados isoenzimáticos e do DNA mitocondrial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Borges, Raquel
Orientador(a): Santos, Joselita Maria Mendes dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12332
Resumo: Foram analisadas nove espécies de Anopheles dos subgêneros Nyssorhynchus e Anopheles, utilizando-se marcadores isoenzimático e a região controle do DNA mitocondrial para verificar as diferenças genéticas intra e interespecífica que possam estar relacionadas à capacidade vetorial de cada espécie, e tentar compreender as relações de parentescos entre elas. Para a análise isoenzimática foram empregados oito sistemas (EST, LAP, IDH, MDH, HK, ME, PGM e PGI), em gel de amido e amido-agarose com tampões e colorações específicas. Os resultados revelaram que dos 13 locos analisados, nove mostraram-se polimórficos (EST1, EST5, LAP1, LAP2, IDH1, MDH1, HK3, ME1, PGM). Das nove espécies estudadas, A. albitarsis de Maruanum-AP apresentou o maior polimorfismo (P = 53.8%). No entanto, A. darlingi de Macapá-AP mostrou maior heterozigosidade (Ho = 0,167 ± 0,071 e He = 0,173 ± 0,061). A análise da estrutura genética, com base nas estatísticas de Wright para as populações de A. albitarsis, A. darlingi e A. benarrochi mostraram que os locos apresentaram elevada estruturação genética (Fst = 0,082, Fst = 0,110 e Fst = 0,016, respectivamente). No entanto, a distância genética nas populações de A. darlingi, A. albitarsis e A. benarrochi mostrou grande similaridade. Considerando todas as populações das espécies analisadas, a distância genética foi maior, variando de 0,003 a 1,144. Os dados da região controle do DNA mitocondrial mostraram pouca diferença sendo observada variação na composição nucleotídica quanto ao conteúdo de adenina (A) e timina (T) nas espécies dos dois subgêneros. O subgênero Nyssorhynchus foi o que apresentou maior composição de A e T indicando maior polimorfismo, decorrente, possivelmente de uma maior taxa de mutação. A distância nucleotidica interespecífica variou de 0,6 a 44,2%, indicando maior divergência genética quando comparada aos dados isoenzimáticos. Os dados isoenzimáticos e do DNA mitocondrial das espécies estudadas mostraram que A. oswaldoi e A. rangeli foram as mais similares geneticamente.