Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, André Luiz Ferreira de
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Orientador(a): |
Palhares, José
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Banca de defesa: |
Costa, Jorge
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Lima, Licínio
,
Viseu, Ana
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Afonso, Almerindo
,
Martins, Maria |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
Outro
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Departamento: |
São Gonçalo do Amarante
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País: |
Portugal
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://memoria.ifrn.edu.br/handle/1044/880
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Resumo: |
O notável crescimento quantitativo pelo qual passaram, nos últimos anos, os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, em todo Brasil, tem despertado inquietações de pesquisadores de todo o país sobre a configuração organizacional deste tipo de instituição. O Rio Grande do Norte apresentou um quadro de expansão diferenciado quando comparado aos demais Estados da Federação e, por isso, foi selecionado para a realização deste estudo. Tal como as outras organizações integrantes da Rede Federal de Educação Profissional, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) apresenta uma configuração organizacional escolar atípica, ao integrar vários subsistemas de educação sob o mesmo “guarda-chuva” infraestrutural e administrativo. Assim, de modo a compreender este modelo organizacional, que comportou a democratização do acesso a diversos níveis de ensino, inclusive, a partir de 2008, com a oferta de pós- graduações stricto sensu, foi necessário imergir nas políticas nacionais e internacionais. Nessa concepção, o sistema educacional da França, Alemanha, Reino Unido e Portugal, países que apresentam fortes tradições quanto ao ensino técnico, foram estudados para confrontar a realidade do Brasil e, com isso, contribuir com a interpretação deste momento singular da educação nacional. Para alcançar o objetivo traçado, a nossa pesquisa elegeu atores dos campi da primeira fase da expansão (2007-2013) – Currais Novos, Ipanguaçu e Natal-Zona Norte – além do Campus Natal-Central que serviu como elemento chave de comparação, visto ser o mais antigo de todos. A partir dos depoimentos de seis gestores e quatro professores, colhidos a partir de entrevistas semiestruturadas, por um lado, e de 306 ex-alunos através do inquérito por questionário, de outro, foi possível efetuar o cruzamento de suas falas e impressões e, assim, extrair a representação organizacional que cada um desses agentes possuem. Ao realizar essa análise em uma ordem inversa à tradicional, isto é, a partir dos discentes egressos até o topo da organização, foi possível, como resultado, perceber a forte presença dos modelos racional-burocrático, político e ambíguo, sendo este último, dado o momento e as consequências turbulentas provocadas pela expansão, de caráter aparentemente transitório. Por outro lado, dentre os efeitos causados pela expansão, se destaca a não fidelização dos alunos dos cursos técnicos profissionalizantes, quando têm a oportunidade de continuar seus estudo no Ensino Superior nessa mesma instituição e, ao contrário disso, preferem migrar para uma outra como, por exemplo, as Universidades. As causas que levam os alunos a tomarem essas decisões remetem para reformas e políticas decisórias, internas e externas à instituição, que acabaram por influenciar a oferta e a procura pelos cursos do IFRN. |