Instrumentos de gestão de áreas verdes para implementação de políticas públicas de qualidade ambiental para a cidade do Recife – PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dias, Gerlany Lacerda lattes
Orientador(a): Carvalho, Vânia Soares de lattes
Banca de defesa: Paiva, Christianne Torres de lattes, Silva, Hernande Pereira da lattes, Barbosa, Ioná Maria Beltrão Rameh lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Gestão Ambiental
Departamento: Recife
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/1376
Resumo: O Índice de Área Verde (IAV) e o Percentual de Área Verde (PAV) são importantes indicadores para avaliar a qualidade ambiental urbana e guiar políticas públicas para essas áreas da cidade, visando cidades sustentáveis. Esses indicadores são fundamentais no planejamento urbano e na gestão ambiental municipal para monitorar a expansão ou redução de espaços livres públicos e cobertura vegetal da região. As áreas verdes e espaços livres públicos estudados na pesquisa desempenham papéis vitais na mitigação do calor urbano, na melhoria da qualidade do ar, na conservação da biodiversidade local e na promoção de habitats para fauna e flora, além de proporcionarem benefícios sociais e de saúde, como lazer, recreação, convívio social, saúde mental e bem-estar da população. O IAV é medido em metros quadrados de área verde por habitante (m2/hab), enquanto o PAV é expresso como porcentagem (%) de área verde. Esses indicadores são alinhados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 da Agenda 2030 e com o eixo temático Gestão Local para a Sustentabilidade do Programa Cidades Sustentáveis. Este estudo se propôs a estimar a qualidade ambiental dos bairros da cidade do Recife, capital de Pernambuco, através do cálculo do IAV e PAV. Utilizando geoprocessamento, foram mapeados os espaços livres públicos e áreas verdes, e posteriormente foram calculados os indicadores. A metodologia para o IAV incluiu duas abordagens: uma considerando áreas de espaços livres públicos e unidades de conservação (UC), e outra apenas as áreas dos espaços livres públicos. A comparação do IAV mostrou impactos positivos quando as UC foram consideradas, alcançando ou superando o parâmetro mínimo de 15m2/hab, estabelecido pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Para o PAV, foi aplicada a metodologia do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), permitindo a classificação da imagem para obter toda a cobertura vegetal urbana da cidade. O parâmetro mínimo recomendado para o PAV foi de 30% de área verde como valor satisfatório. Os resultados indicaram que o IAV com UC foi satisfatório em 25% dos bairros, enquanto sem UC apenas 6,3% atingiram os parâmetros desejados. A análise do PAV revelou que 32% dos bairros apresentaram resultados positivos, evidenciando o impacto da vegetação na qualidade ambiental urbana e de vida para os residentes. Como produtos técnicos relevantes da dissertação, destacam-se um painel dinâmico (dashboard) com os resultados da pesquisa e uma aplicação web para estimar o IAV em outros municípios, fornecendo mecanismos e instrumentos valiosos para a gestão pública e o planejamento urbano sustentável.