Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Rosangela Monteiro
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Orientador(a): |
Dutra, Maria Tereza Duarte
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Banca de defesa: |
Lyra, Marília Regina Costa Castro
,
Silva, Hernande Pereira da
,
Paz, Diogo Henrique Fernandes da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado Profissional em Gestão Ambiental
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Departamento: |
Recife
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/742
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Resumo: |
As mudanças climáticas proporcionam a ocorrência de desastres, principalmente em locais com ocupações irregulares, trazendo muitas vezes efeitos irreversíveis. Diante deste cenário, esta pesquisa teve como principal objetivo analisar as ocorrências de eventos hidrológicos extremos e ações de adaptação nos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) de Pernambuco, tendo como base o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13 (ODS 13) da Agenda 2030 da ONU (2015), que trata das Ações Contra a Mudança Global do Clima. Neste sentido, foram levantados dados oficiais referentes ao desempenho dos 14 municípios da RMR em relação à meta 13.1 do ODS 13, com seus respectivos indicadores 13.1.1 ( número de mortes, pessoas desaparecidas e pessoas diretamente afetadas atribuído a desastres por 100 mil habitantes ) e 13.1.3 ( proporção de governos locais que adotam e implementam estratégias locais de redução de risco de desastres em linha com as estratégias nacionais de redução de risco de desastres ). A RMR é composta por 14 municípios: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata, abrangendo uma área de 2.764,26 km². Os procedimentos metodológicos adotados, constituíram-se de levantamento primário a partir das visitas técnicas à área de estudo e de informações secundárias adquiridas nos sítios eletrônicos dos órgãos oficiais pertencentes as esferas federais, estaduais e municipais, como: IBGE, EMBRAPA, MDR, APAC, CPRH e prefeituras municipais. Na sequência, os dados foram tabulados numa planilha eletrônica, com o auxílio do software Excel 2016, e analisados em conjunto. Já para a confecção dos mapas temáticos foram realizados downloads de dados vetoriais, raster, de superfícies (Modelo Digital de Superfície) em sítios eletrônicos oficiais, correspondentes aos condicionantes ambientais dos municípios pertencentes a RMR, e, posteriormente ocorreu o tratamento dos dados no software QGIS 3.16. A partir dos dados obtidos, foi possível identificar os efeitos das mudanças climáticas associadas as ocorrências dos eventos hidrológicos extremos na área analisada para elaborar a matriz de desempenho dos municípios em relação ao Índice em Níveis de Sustentabilidade, destacando que dentre os quatorze municípios estudados 35,71% foram classificados como ameaçado, sendo estes: Araçoiaba, Camaragibe, Ilha de Itamaracá, Itapissuma e Ipojuca. Já 28,58% alcançaram o índice identificado como estagnado, e neste nível de sustentabilidade encontram-se os municípios de Abreu e Lima, Igarassu, Moreno e Olinda. Enquanto que 35,71% foram classificados como progresso insuficiente, neste nível enquadram-se Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata. Porém ressalta-se que nenhum alcançou o nível categorizado como progresso satisfatório. Portanto, diante do cenário encontrado, ressalta-se a importância da implementação de ações estratégicas, como: atualização, elaboração e implementação efetiva dos instrumentos de planejamento; implantação de tecnologias sociais; criação de lei para pagamento pelos serviços via taxa de drenagem e manejo de água urbana; e desconto no pagamento do IPTU aos proprietários que incluem em seus projetos construtivos taxa de área verde superior ao determinado no Plano Diretor e construção de telhado verde, visando promover a adaptação às mudanças climáticas, com um olhar mais voltado principalmente para as áreas suscetíveis aos eventos hidrológicos extremos. |