Salve Akaiutibir?! Ecologia de saberes e diversidade artesanal em ind?genas potiguara LGBTQIAPN+

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Oliveira, Adriano S?rgio Bezerra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ifpb.edu.br/jspui/handle/177683/4180
Resumo: A artesania ind?gena comp?e-se como pr?tica de conhecimento germinante das simbioses ontol?gicas com a terra, a biodiversidade e a alteridade ? o outro, cuja pr?xis alinhava enuncia??es de sua pr?pria ecologia de saberes, constituinte genu?no do legado ?tnicocultural de saberes tradicionais, ramificando-se como experi?ncia transformadora. Esta pesquisa objetivou compreender a perspectiva da ecologia de saberes relacionada ? diversidade artesanal em ind?genas Potiguara LGBTQIAPN+, no litoral Norte da Para?ba. Em termos metodol?gicos, a investiga??o classificou-se como aplicada, de abordagem combinada (qualitativa/quantitativa), e tipologia explorat?rio-descritiva. Foi utilizada a t?cnica ?bola de neve?, a partir da qual a ?semente? (primeiro informante) abriu caminhos para as demais pessoas, totalizando um universo de dez artes?os Potiguara autodeclarados LGBTQIAPN+, aldeados em terras ind?genas demarcadas no Munic?pio de Ba?a da Trai??o ? PB, a quem foi aplicado uma enquete. A partir deste ponto, foi delimitada uma amostra de quatro sujeitos, autocodificados como Garapir? (homem cisg?nero bissexual), Cobra Coral e Bem-te-vi (homens cisg?neros gays), e ?ebyra (homem transg?nero heterossexual). A estes, foi aplicada uma entrevista estruturada, e posteriormente foi gestada uma curadoria de pe?as artesanais como produto educacional (PE) consequente ? pesquisa, cujas imagens (fotografias) subsidiaram uma ?exposi??o iconogr?fica? sobre a diversidade artesanal Potiguara. O PE foi selecionado via edital p?blico-institucional, e fez parte da programa??o oficial da XVIII Semana de Educa??o, Ci?ncia, Cultura e Tecnologia (SECT ? 2023), no Instituto Federal da Para?ba (IFPB), Campus Jo?o Pessoa. Para a avalia??o pelo p?blico, foi utilizado um formul?rio padr?o (question?rio misto), computando 85 respondentes, entre discentes, docentes e servidores t?cnico-administrativos do IFPB, que visitaram e se predispuseram a apreciar o PE, cuja avalia??o foi bastante satisfat?ria. J? os resultados advindos dos sujeitos ind?genas deflagraram que o of?cio da artesania deriva-se da inf?ncia, como aprendizado intergeracional, um legado antepassado que perdura na linhagem ?tnico-cultural Potiguara. Como ?miss?o de vida?, o of?cio vale-se de mat?ria-prima colhida, prioritariamente, das matas, rios, praias/mar e terras locais, gerando tipologias artesanais multifacetadas, inspiradas na resist?ncia subjetiva, na identidade coletiva e na consagra??o ? ancestralidade, com destaque para o ?pau jangada?, cujas fibras s?o recursos para v?rias t?cnicas e pe?as, a exemplo das saias para a cerim?nia ancestral-espiritual do Tor?. Foi constatado, tamb?m, que os artes?os Potiguara enfrentam preconceitos de g?nero e sexualidade por serem ?diferentes?, tanto fora quanto nos pr?prios aldeamentos, viol?ncias simb?licas imbu?das de marcadores subalternos de exclus?o social que se interseccionam: ind?gena + LGBT. Por fim, o legado ?tnico-cultural e hist?rico-art?stico sobre arte popular e pluralidade de saberes Potiguara pode otimizar conte?dos transversais para a forma??o omnilateral, fortalecendo a ecologia de saberes, amplificando concep??es sobre povos origin?rios, interculturalidade, trabalho, artesania, classe, ra?a, etnia, g?nero e sexualidade, bem como suplantando aporias neoliberais, neocoloniais e neopatriarcais, subscritas como pensamento abissal em curr?culos compromissados mais com a racionalidade t?cnica do que com a racionalidade emancipat?ria.