Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Mônica de Oliveira |
Orientador(a): |
Gabbay, Yvone Benchimol |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4151
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Resumo: |
Os Norovírus (NoV) são responsáveis por grandes surtos de gastroenterite viral associada com alimentos e água contaminada, bem como os adenovírus humanos (HAdV) que também estão relacionados a doenças gástricas. Este estudo foi realizado no Parque Ambiental do Utinga, localizado na cidade de Belém, no estado do Pará, sendo que o mesmo contém uma Estação de Tratamento de Água (WTP-Bolonha) composta pelos lagos Bolonha e Água Preta. O Objetivo da presente investigação foi detectar o NoV e o HAdV em duas águas superficiais provenientes de mananciais (Bolonha e Água Preta) e em uma Estação de Tratamento de Água (ETA-Bolonha) em Belém, Pará, Brasil, de novembro de 2010 a dezembro de 2015. As amostras foram coletadas mensalmente nos três lugares, 62 amostras por ponto, em um total de 186. Dois litros de água foram concentrados em uma membrana filtrante, seguido de centrifugação, resultando em um volume final de 2 mL. O RNA extraído pelo método de sílica foi submetido à transcrição reversa para obter o cDNA. Para a detecção de NoV, foram realizadas a nested- PCR e semi-nested para genogroupos GI (COG1F / G1SKR) e GII (COG2F / G2SKR), respectivamente. Para o HAdV se utilizou o nested-PCR e os primers Hex1Deg / Hex2Deg e Hex3Deg / Hex4Deg na primeira e segunda etapa, respectivamente. Os tamanhos dos produtos (amplicons) obtidos nas amostras positivas foram: 171 pb (HAdV), 380 pb (No V GI) e 390 pb (NoV GII). NoV foi detectado em 3,8% (7/186) das águas testadas, sendo uma classificada como GI proveniente do lago Bolonha (1,6% -1/62) e três como GII obtidas no lago Água Preta e ETA (4,8 % -3/62, cada). HAdV foram observados em 29% (54/186) das águas analisadas, das quais 38,7% (24/62) foram oriundas do Lago Bolonha, 22,6% (14/62) do Lago Água Preta e 25,8 % (16/62) da ETA. Em 28% e 3,7% das amostras positivas para HAdV e NoV, respectivamente, apresentaram níveis de Escherichia coli aceitáveis pela legislação (CONAMA Nº 274/00). Das sete amostras positivas para NoV, três (42,9%) foram sequenciadas e classificadas como pertencentes ao genótipo GII.4, maior similaridade com a Sydney 2012 e USA 95/96. Das 54 amostras positivas para HAdV, 47 (87%) foram sequenciadas, sendo 22 correspondentes ao genótipo 41 (46,8%) e 10 ao genótipo 40 (21,3%), ambos do subgrupo F (68%); seis amostras pertenciam ao subgrupo A (12,7%), cinco ao subgrupo C (10,6%) e quatro ao subgrupo D (8,5%). Das 16 amostras positivas para HAdV que foram inoculadas em células HEP2-C e A549, 15 amplificaram após nested- PCR, das quais duas foram sequenciadas satisfatoriamente obtendo-se a espécie F, sorotipo 41, tanto na amostra de água utilizada como inóculo como a partir do cultivo celular. Os resultados obtidos demostram a presença de pelo menos um dos vírus investigados nos três locais estudados, utilizados para o abastecimento público de água. O NoV apresentou baixa detecção em relação ao HAdV, talvez devido um ser vírus de RNA e o outro DNA, o que daria maior estabilidade a partícula neste tipo de ambiente, caracterizado por ser água limpa, o que dificulta a sobrevivência desses vírus. Os genótipos 40 e 41 (subgrupo F) de HAdV foram os mais encontrados, estando relacionados com quadro de gastroenterite. Os resultados obtidos, reforçam a necessidade de um monitoramento contínuo desses vírus nesses locais. |