Epidemiologia molecular de cepas de rinovirus humano (HRV) detectadas na cidade de Belém-Pará, Brasil, 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vergueiro, Mauro Victor Brabo
Orientador(a): Mello, Wyller Alencar de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3185
Resumo: Resumo: O Rinovírus, outrora tido apenas como agente causador de infecções brandas ou autolimitadas, como o resfriado comum, hoje é o mais comum entre os agentes virais associados à infecção respiratória aguda (IRA). Investigações conduzidas em anos recentes, em diferentes regiões do mundo reforçam a importância do rinovírus no cenário da saúde pública, principalmente a partir do advento das ferramentas moleculares de diagnóstico, evidenciando o importante papel do rinovírus no desencadeamento de crises asmáticas, bem como a associação dos HRV em infecções do trato respiratório inferior tais como bronquiolites, com impacto considerável em pacientes menores de cinco anos de idade. O diagnóstico clínico da infecção por Rinovírus humano é dificultado pela similaridade dos sintomas apresentados em todas as infecções respiratórias. Desta forma, torna-se necessária a realização do diagnóstico laboratorial para confirmar a infecção por este agente infeccioso. O presente estudo possui como objetivo descrever a ocorrência dos tipos de Rinovírus humano isolados em amostras de pacientes atendidos com queixas sugestivas de infecção respiratória aguda na cidade de Belém, Pará, Brasil, no ano de 2015. A população de estudo compreendeu 274 indivíduos com queixas sugestivas de infecção respiratória aguda (IRA), atendidos no período de janeiro a dezembro de 2015. A prevalência da infecção por HRV foi de 15,6% (43/274), sendo mais frequente na faixa etária entre 0 a 5 anos Das 274 amostras clínicas de pacientes, 43 (15,6%) mostraram-se positivas para o HRV, sendo os pacientes situados na faixa de zero a cinco anos os mais acometidos com 14 (26,9%). Das 43 amostras positivas na rRT-PCR foi possível realizar a caracterização por sequenciamento em 21 delas. A análise evidenciou a circulação das três espécies de HRV na população investigada. Sendo 14 (66,7%) HRV-A, 1 (4,8%) HRV-B e 6 (28,5%) HRV-C. Quanto a distribuição mensal dos casos positivos de HRV durante o ano de 2015, nota-se que 95% da incidência dos casos se concentrou no primeiro semestre do ano. O Rinovírus humano apresentou-se como um importante agente de doença respiratória na população investigada, sendo a faixa etária de zero a cinco anos de idade foi a mais acometida entre os casos de infecção respiratória associada ao HRV. O pico de atividade do HRV na cidade de Belém, Pará, ocorreu principalmente nos primeiros seis meses, período este reconhecido por apresentar altos índices pluviométricos na região amazônica e observou-se também a co-circulação das espécies de HRV, com leve predomínio da espécie HRV-A.