Análise de viromas em Alouatta caraya e Saimiri collinsi mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas, Ananindeua, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moreira, Diego Reymão
Orientador(a): Vianez Júnior, João Lídio da Silva Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3124
Resumo: Resumo: Apesar dos 40 anos de experimentação científica com o uso das espécies de símios do novo mundo, pouco se conhece sobre as potencialidades das espécies de primatas neotropicais como reservatórios de zoonoses. Na última década, após o advento do Sequenciamento de Nova Geração (NGS), o sequenciamento genético sofreu um grande impulso, tornando possível a intensificação de estudos envolvendo metagenômica viral e culminando com a descoberta de novos vírus, especialmente aqueles não cultiváveis em sistemas celulares. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo reconhecer a biodiversidade viral de primatas não humanos mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas (CENP), mediante identificação do viroma existente nas fezes dos primatas selecionados, assim como avaliar as diferenças nas comunidades virais oriundas de animais pertencentes à mesma espécie e de espécies diferentes. Para tanto, foram coletadas amostras de fezes de quatro machos de primatas neotropicais (dois animais da espécie Saimiri collinsi e dois animais da espécie Alouatta caraya). Após extração do DNA e RNA virais e sequenciamento na plataforma Ion PGMTM System (Life Technologies), os viromas identificados distribuíram-se em mais de 10 famílias, 30 gêneros e 160 espécies virais diferentes, com destaque para as famílias Shiphoviridae, Myoviridae, Phycodnaviridae, Mimiviridae e Podoviridae, os gêneros Chlorovirus e Cafeteriavirus e as espécies Bacillus phage G, Streptococcus phage phiSsUD.1, Cafeteria roenbergensis virus e Bacillus phage proCM3. Na comparação da diversidade viral entre as espécies de primatas, os animais da espécie Alouatta caraya contribuíram com 98% da diversidade viral total detectada, enquanto que na comparação da diversidade intraespécie houve destaque para Saimiri collinsi 01 e Alouatta caraya 01.