Bário em sangue de população de área industrial e portuária na Amazônia

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Chagas, Brenda Rodrigues
• Orientador(a): Lima, Marcelo de Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
• Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4444

A exposição ambiental a contaminantes metálicos, como o bário (Ba), é uma preocupação mundial, pois este elemento é tóxico e não possui características benéficas nem essenciais para o organismo humano. Caracterizar as formas de exposição ao Ba, identificar grupos vulneráveis e indicar possíveis rotas são dados de grande relevância para prevenção de efeitos danosos à saúde. Neste estudo foram avaliados os níveis de Ba em sangue em 10 comunidades das cidades de Barcarena e Abaetetuba, Norte do Brasil. Os teores de Ba em sangue foram quantificados por espectrometria de massa acoplada a plasma induzido (ICP-MS) e os dados estratificados por variáveis epidemiológicas e hábitos de vida. Os resultados de Ba em sangue permitiram a separação em dois grupos, onde no Grupo 1 foram agrupadas as comunidades cujos indivíduos apresentavam os menores níveis medianos (0,299 a 1.330 µg.L-1), e Grupo 2, no qual as comunidades registraram os participantes com os maiores níveis medianos (8.740 a 37.300 µg.L-1). O tempo de residência, gênero, idade e os hábitos de fumar e consumir bebidas alcóolicas não foram fatores que contribuíram significativamente com o aumento de concentração. As maiores concentrações foram associadas ao consumo de água potável, a partir de captação subterrânea (poços) e águas de rios da região, e peixes. Este é o primeiro estudo que registra a exposição ao bário nos indivíduos que vivem em comunidades próximas às áreas industriais na Amazônia e contribui para o estabelecimento de novas políticas e ações de vigilância e proteção à saúde.