Avaliação epidemiológica de pacientes atendidas em um programa de rastreamento para o CCU e suas lesões precursoras, em uma unidade básica de saúde de Belém, Pará no período de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Onayane dos Santos
Orientador(a): Mello, Wyller Alencar de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3121
Resumo: Resumo: Nas últimas décadas os países da América Latina foram submetidos a transformações políticas, econômicas e sociais que têm causado mudanças no perfil de morbidade e mortalidade da população. O CCU exibe um desenvolvimento lento e assintomático na maioria dos casos. Esta patologia tem como fator causal na sua evolução clínica a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Além dos aspectos relacionados à infecção pelo HPV existem vários outros fatores comportamentais e demográficos que aumentam o risco relativo de desenvolvimento do câncer de colo uterino. Foram coletadas amostras de cérvice uterina de 838 mulheres que se submeteram à realização do exame preventivo do câncer de colo uterino na Unidade Básica de Saúde do Marco. Foram coletadas duas amostras, uma foi destinada à confecção da citologia e a outra amostra encaminha ao Instituo Evandro chagas para análise por biologia molecular. Todas as pacientes responderam ao questionário clínico epidemiológico. Os dados provenientes dos testes de biologia molecular e informações retiradas do questionário clínico foram armazenadas em um banco de dados de uso interno do laboratório. No grupo estudado foi encontrado uma média de idade de 38 anos. A maioria das mulheres é residente na capital 76% (638/838), vive em união estável 35,1% (294/838) e iniciou a atividade sexual entre 15 e 20 anos 67,3% (564/838). A infecção por HPV, bem como presença de HPV de alto risco, mostrou relação significativa com a idade, ou seja, quanto menor a idade maior a presença de HPV bem como HPV de alto risco e esta mesma tendência é demonstrada em outros estudos. Esse quadro remete a fatores importantes no que concerne à prevenção desses tumores, em que ações de educação sexual aliadas a ações intervencionistas práticas na criação de programas de vigilância das lesões pré-malignas – como sistemas eficazes de realização de exame citológico em massa e com um controle na qualidade desses exames – vai ter um impacto importante e que pode levar os números ora apresentados a acompanhar as tendências nacionais para a redução da incidência desse tipo tumoral. Logo, podemos observar que, apesar dos avanços alcançados, como o mais atual, que foi a implementação da vacina para HPV no calendário vacinal das jovens brasileiras, ainda estamos distantes de atingir o objetivo social da qualidade em saúde, que seria o de informar, proteger e tratar em último caso.