Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Amanda Brito do |
Orientador(a): |
Resque, Hugo Reis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4482
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Resumo: |
O transplante renal é a opção terapêutica para pacientes com doença renal crônica. Os pacientes transplantados necessitam fazer uso de medicamentos imunossupressores para garantir prognóstico com resultados positivos e prevenir rejeições de enxerto, contudo a imunossupressão pode levar a um aumento na frequência de infecções nesse grupo de pacientes, incluindo as infecções virais do trato gastrointestinal. A diarreia é um quadro frequente em pacientes receptores de transplante renal. No Brasil, os estudos envolvendo os Calicivírus (Norovírus-NoV e Sapovírus-SaV) em pacientes submetidos a transplante renal ainda são muito escassos ou não relatados. Diante disso, essa proposta assume um caráter relevante para tentar ampliar novos conhecimentos acerca da causa de diarreia nesses pacientes. Este estudo tem como objetivo investigar a ocorrência de NoV e SaV em pacientes submetidos a transplante renal, durante acompanhamento pré e pós-procedimento cirúrgico. Realizou-se um estudo longitudinal envolvendo uma coorte de 40 pacientes que foram acompanhados por um período de dois anos, tendo sido coletadas 354 amostras fecais de pacientes selecionados para transplante de rim no Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém-PA. Foram realizadas técnicas moleculares para detecção e caracterização dos genótipos de NoV e SaV circulantes. Constatou- se que 80% (32/40) dos indivíduos estudados apresentaram infecção para algum Calicivírus, sendo observada uma maior frequência de NoV, com 11 indivíduos (35%), seguido de SaV, com 9 dos indivíduos avaliados (28%). Foi observada também coinfecção entre NoV e SaV em 30 (8,47%) das 354 amostras analisadas. Os genótipos detectados foram o GII.P17, GII.Pg e GI.P5, não tendo sido possível realizar genotipagem de SaV. A análise filogenética das sequências do gene que codifica a polimerase do NoV indicou que as amostras do presente estudo foram semelhantes às encontradas na África e na Ásia. Em relação aos dados clínicos, não houve significância estatística entre os sinais e sintomas com a positividade das amostras. Os indivíduos avaliados neste estudo apresentaram quadro de possíveis ocorrências de excreção prolongada em 46,8% dos pacientes positivos para NoV e SaV detectados em RT-qPCR. Diante disso, se faz necessário um melhor monitoramento nesse grupo de pacientes para melhor conhecimento acerca das condições clínicas desses pacientes, epidemiologia e sobre cepas circulantes. A presente pesquisa se caracteriza como primeiro relato associado à infecção por NoV e SaV em pacientes transplantados renais no estado do Pará, evidenciando alta frequência desses vírus |