Padronização de método imunoenzimático para detecção de anticorpos anti-Hantavírus em roedores silvestres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moraes, Adriana Freitas
Orientador(a): Medeiros, Daniele Barbosa de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4216
Resumo: A Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus é uma antropozoonose grave, com taxa de letalidade entre 40% a 60%, e que ocorre somente no continente Americano. Com o objetivo de detectar anticorpos anti-hantavírus em amostras biológicas de roedores silvestres o Instituto Evandro Chagas (IEC) desenvolveu uma proteína recombinante baseada na sequência do gene N de hantavírus circulantes na Amazônia, visando à padronização de um método imunoenzimático (ELISA). Para isso, foram selecionadas 20 amostras sabidamente positivas e 20 amostras sabidamente negativas de roedores silvestres capturados durante estudos eco-epidemiológicos realizados pelo IEC com intuito de estabelecer os valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos, acurácia e curva ROC do protocolo de ELISA indireto, onde foi utilizado duas proteínas recombinantes de hantavírus, HTN-CONS e HTN-120, e antígeno negativo (proteína recombinante TOP7). Os desempenhos das proteínas recombinantes foram comparados ao protocolo de ELISA do antígeno ANDES utilizado na rotina. Posteriormente, 419 amostras de roedores silvestres capturados na área da Vale do Rio Doce, foram testadas por cegamento tanto pelo ELISA ANDES quanto pelo ELISA HTN-CONS. A concentração dos antígenos recombinantes HTN-CONS, HTN-120 e TOP7 foi 4µg/ mL e a concentração final do conjugado foi de 1:500. O teste apresentou 100% de sensibilidades para ambas proteínas(HTN- CONS/ 120) e 100% de especificidade para a proteína HTN-CONS e 95,83% para a HTN-120. A analise da curva ROC, mostrou que o ELISA HTN-120 obteve melhor desempenho (0,15). As amostras pertencentes ao projeto Vale do Rio Doce, foram negativas para os dois antígenos (HTN- CONS e ANDES). Por fim, concluí-se que o protocolo de ELISA HTN-CONS apresentou a mesma sensibilidade/especificidade que ELISA ANDES e que o ELISA HTN-120 obteve uma sensibilidade um pouco maior que os ELISA HTN-CONS/ ANDES. Mais estudos tornam-se necessários para definir se há a circulação de hantavírus na área da Vale do Rio Doce