A conciliação da maternidade com o trabalho da mulher brasileira pós-moderna na (não) manutenção do emprego pós-gestação: o compartilhamento das responsabilidades de cuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Brant, Pilar Ataide
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: IDP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.idp.edu.br//handle/123456789/4282
Resumo: Este trabalho tem como tema a maternidade da mulher contemporânea e a dificuldade em conciliá-la com a manutenção do emprego formal, sobretudo nos primeiros anos de vida da criança. O estudo traz como principal problema: “A ausência no compartilhamento das responsabilidades de cuidados reprodutivos entre setores públicos e privados é um fator para a não manutenção do emprego formal da mulher brasileira contemporânea pós-gestação?” Pretende-se analisar, mais especificamente, o contexto social da mulher na família, no exercício dos seus múltiplos papéis e de que forma isso afeta a manutenção do seu emprego formal pós-gestação, a dinâmica da participação da mulher no mercado de trabalho e as motivações do abandono de emprego, a identificação dos entes de apoio no âmbito da família, na esfera pública e privada e de que forma atuam (ou não) na disponibilização de instrumentos para o compartilhamento das tarefas de cuidado. Utiliza-se a metodologia de pesquisa descritiva, com abordagens teórica e qualitativa. Os aspectos históricos são levantados em livros e publicações acadêmicas mais recentes para se entender a dimensão das questões que lhes são correlatas. Utiliza-se, ainda, de dados já colhidos pelo Ministério do Trabalho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Organização Mundial do Trabalho (OIT). Dividido em seis capítulos, o estudo traz, inicialmente, uma explanação introdutória seguida do perfil familiar e ocupacional da mulher brasileira no exercício da maternidade para, na sequência, explorar as causas da entrada e saída da mulher no emprego formal. Ato contínuo, traçam-se o compartilhamento dos cuidados no âmbito doméstico e de que forma a desigualdade de gêneros na esfera privada interfere na não manutenção do emprego formal. Em seguida, apresentam-se o compartilhamento dos cuidados nas esferas públicas e privadas, questionando-se a insuficiência das políticas existentes em ambos os contextos. Por fim, atesta-se a ausência do exercício das responsabilidades de cuidado individuais e sociais como a principal responsável pela desigualdade de gêneros no trabalho e pela limitação do potencial da mulher na sociedade.