Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Figueira, Monique
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Orientador(a): |
Schneider, Marco André Feldman
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Banca de defesa: |
Issberner, Liz Rejane
,
Dantas, Marcos
,
Amorim, Bianca Rihan,
Bastos, Pablo Nabarrete |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - PPGCI IBICT-UFRJ
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Departamento: |
Escola de Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://ridi.ibict.br/handle/123456789/1361
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Resumo: |
A sociedade dita da informação ainda toma o Brasil como uma soma de capitanias hereditárias. Aqui, uma economia política de terra arrasada solapa nosso bem público há mais de cinco séculos. As informações sobre a posse da terra nacional não são confiáveis, encontram-se fechadas e dispersas entre diferentes órgãos públicos e privados. Antes que um problema técnico, é sobre ideologia, pois no capitalismo a propriedade privada é sagrada, mas precisamos de um Estado laico. No nível macro o desancoramento material se universaliza, enquanto a falácia da nuvem tecnológica serve como epítome da alienação, pois nada paira abstrato sem amarras materiais na realidade. O panorama de Harvey (2022) sobre as esferas da totalidade, a partir do legado de Marx, serviu para intitular os seis capítulos/artigos apresentados na tese: produção da vida, relações sociais, concepções mentais, tecnologia, natureza e estrutura do Estado. O caos dos dados fundiários brasileiros é há muito relatado, mas não na ciência da informação. A partir de pesquisa documental qualitativa, a tese se fundamenta na economia política da informação com objetivo de caracterizar o regime de informação fundiário brasileiro, englobando não somente os fluxos cadastrais mas o circuito ampliado do documento. No contexto da luta de classes, a institucionalidade mantém à margem formas contrahegemônicas de produção do espaço, como as manifestações dos povos originários, representadas pelos yanomami, e os movimentos sociais, como o dos trabalhadores sem terra. A ponte com a teoria dialética da informação e a perspectiva dos sistemas abertos nos enraíza de volta na pluralidade do espaço e da comunicação. Mirando a relação inerente à vida entre conhecimento e território, a pesquisa parte da informação como matéria e a ela retorna como bem comum. |