Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Romeiro, Nathália Lima
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Orientador(a): |
Bezerra, Arthur Coelho
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Banca de defesa: |
Souza, Rosali Fernandez de
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Pimenta, Ricardo Medeiros
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Côrtes, Gisele da Rocha
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
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Departamento: |
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://ridi.ibict.br/handle/123456789/1074
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Resumo: |
Esta dissertação fala sobre a des-naturalização da violência sexual contra mulheres a partir do estudo da folksonomia das Hashtags #primeiroassédio e #mexeucomumamexeucomtodas na mídia social Facebook. Baseamos seu referencial teórico nos estudos de gênero especialmente relacionado a violência sexual contra mulheres. Analisamos os instrumentos normativos que criminalizaram a violência contra mulher desde o período colonial até 2018. Discutimos a folksonomia das Hashtags nas mídias sociais como forma de ativismo para ampliar a discussão sobre violência sexual nesses espaços. Para isso, baseamo-nos em estudos advindos da Sociologia, Filosofia, Psicologia e Ciência da Informação. Adotamos como objetivo geral: compreender se os instrumentos normativos sobre violência sexual e mídias sociais servem como punição, denúncia e formação de redes apoio contra crimes sexuais sofridos por meninas e mulheres. E em relação aos objetivos específicos: a) fundamentamos teoricamente os temas que movimentam o universo da pesquisa: violência sexual, estudos de gênero e folksonomia; b) identificamos e analisamos as manifestações de ativismo na mídia social Facebook sobre violência sexual popularizadas nas Hashtags #primeiroassedio e #mexeucomumamexeucomtodas; e c) Analisamos o discurso de homens e mulheres nos relatos coletados a partir das Hashtags. Quanto à natureza pesquisa, classificamos como quanti-qualitativa pois a pesquisa conta com uma etapa de coleta de dados quantitativos (mapeamento das Hashtags) que se tornam insumos para a análise qualitativa, permitindo que se observe o fenômeno da militância contra a violência sexual através das Hashtags. A metodologia desta pesquisa é caracterizada como bibliográfica, exploratória e documental. No que tange a coleta de dados, foi realizada durante os meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Criamos categorias para organizar as informações coletadas e realizar as análises dos dados. No que diz respeito aos dados quantitativos, apresentamos a partir de gráficos e figuras exemplificando as postagens de cada categoria criada (fotos, vídeos, relatos, notícias e outros). Sobre a abordagem qualitativa, realizamos uma análise dos discursos presentes nos conteúdos da categoria “relatos”. Com este estudo, chegamos à conclusão que as mídias sociais servem como espaço de ativismo, desabafo e formação de redes de apoio na luta em oposição a violência contra mulher. Acreditamos que aliar os conhecimentos referentes a organização do conhecimento e aos estudos de mídias sociais e estudos de gênero são fundamentais para que a Ciência da Informação enquanto ciência social aplicada se atente aos fenômenos naturalmente digitais. |