Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Vinícios Souza de
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Orientador(a): |
Saldanha, Gustavo Silva
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Banca de defesa: |
Capurro, Rafael
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Crippa, Giulia
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Schneider, Marco André Feldman
,
Capeller, Ivan
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
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Departamento: |
Escola de Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://ridi.ibict.br/handle/123456789/944
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Resumo: |
O objetivo da pesquisa partilha da discussão filosófico-gramatical da linguagem para pôr em suspensão a questão da informação. Tomando como pressuposto histórico da Library and Information Science, o fazer linguístico da arte gramatical, em especial, os oriundos das veredas da Filologia e da Retórica, coloca-se em cena a quête (busca) informacional. As questões de pesquisa que atravessam a tese rumo ao sul, isto é, que a “suleiam” são: quando se diz informação, o que se mostra? o que simbolicamente as citações, nos traslados informacionais, mobilizam em seus usos, traduzem em seus jogos, isto é, na perspectiva neobarroca da linguagem, onde não há um fora, sendo toda linguagem, nestes termos, metafórica, qual a metáfora da informação, ou, o que a metáfora informação mostra? Na gramática da informação, o que suas representações inscrevem (fixam na mobilidade) – sua filologia – e escrevem – sua retórica? Projetamos a seguinte hipótese, conservada em potência dos pré-socráticos aos pós-estruturalistas: a metáfora da informação é o livro; sua inscrição: o informe; sua escritura: um palimpsesto emblemático cujo rosto (eidos) rasurado é a própria gramática – o livro informe das estórias da humanidade, grafado no Ocidente greco-latino sob o selo transcendental tà biblía, os livros, no plural, fixados no singular livro. Para tal intento, a quête informacional assinala, à diferença do método, no caminho a aventura da experiência da origem histórica, não o rigor sistemático, mas a intensidade tenaz daquilo que se mostra na travessia. Para a quête informacional utilizamos o exemplo metateórico e alegórico do tabuleiro, que de acordo com a tradição hermenêutica adotada concebe a nossa relação com o mundo como uma pertença textual, onde nossos jogos linguísticos seriam o artefato que fabrica a realidade. Este tabuleiro, procedimento da quête, remete tanto à superfície onde as peças do jogo agem, como à própria tabulae, que propomos ser como um memorialístico palimpsesto composto por emblemas – imagens textuais, onde os jogos teóricos que coordenam este texto se encontram: a) o nachleben warburguiano (livro-emblema, o atlas), b) a apresentação panorâmica wittgensteiniana (livro-álbum) e c) a crítica filológica dos jogos de citação (livro-do-mundo-da-vida, para Benjamin como fortleben – livro da vida –, Derrida como gramma – livro-rastro e Agamben como rasum tabulae – livro-potência). Assim, a quête teria na imagem alegórica (gleichnis) do palimpsesto-emblemático o exemplo da linguagem informacional, seu livro informe. Na travessia da hipotética tese, conceitos clássicos da Library and Information Science, como livro, informação, documento, angelía, são revisitados, numa releitura neobarroca, desviante entre “real” e “fantástico”, onde forma e conteúdo são deslocados pela percussão da linguagem informe. Como síntese inconclusiva, resultados, assinalamos para as possibilidades fornecidas pela leitura através da perspectiva cultural da Library and Information Science, assim como para uma maior premência nos estudos filosóficos e suas experiências conceituais, aguçadoras do “ver os fantasmas” (larvae) que volteiam o lar do campo informacional e seus problemas práticos, ao qual o “inform ,”, traço fantasmático proposto, é um “resultado” desta mirada que visa abrir a porta deste lar para hospitaleiramente na soleira transgramaticalizar os fantasmas hospedando-os na ruína-resto que lhes foi rasurada – sua língua |