Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Py, Hesley da Silva
 |
Orientador(a): |
Albagli, Sarita
 |
Banca de defesa: |
Gouveia, Fábio Castro
,
Pimenta, Ricardo Medeiros
,
Drucker, Débora Pignatari,
Fidalgo, Elaine Cristina Cardoso |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - PPGCI IBICT-UFRJ
|
Departamento: |
Escola de Comunicação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://ridi.ibict.br/handle/123456789/1302
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho é avaliar de que forma os conceitos de visualização por meio de mapas e da participação atuam como mecanismos para o favorecimento da democratização dos dados e da apropriação social da informação. O contexto é o de uma sociedade na qual a informação ocupa, cada vez mais, um espaço central e onde se multiplicam as plataformas para a disseminação dos dados segundo os princípios dos dados abertos. A motivação está relacionada ao fato de que, em uma realidade fragmentada por diferenças econômicas, sociais e culturais, a publicação dos dados nesse formato, por si só, não garante a sua utilização por toda a sociedade. Pelo contrário, na medida em que requer indivíduos com mais conhecimentos técnicos, o provimento somente do acesso aos dados abertos colabora para a manutenção e agravamento de um modelo no qual os que possuem mais recursos atuam em vantagem com relação aos que não possuem. É no sentido de garantir condições mais igualitárias para que os dados e informações, especialmente as adquiridas ou produzidas com recursos públicos, não se tornem mais um fator de exclusão ou distinção que se propõe a inserção nas plataformas públicas dos conceitos acima apresentados. A adequação dos conceitos foi avaliada a partir de uma revisão bibliográfica e de uma pesquisa semi-estruturada, com abordagem qualitativa, realizada com os gestores das principais plataformas interinstitucionais brasileiras que publicam dados em formatos abertos e de três infraestruturas institucionais. Os resultados da revisão bibliográfica apresentaram uma série de indícios das competências dos conceitos abordados para a democratização dos dados e para a apropriação da informação. Posteriormente, os resultados da pesquisa com os gestores validaram o que já havia sido identificado na revisão bibliográfica e acrescentaram novos elementos que permitem validar, parcialmente, as hipóteses propostas para o trabalho. Com relação às características da visualização, no que se refere à visualização dos dados por meio dos mapas, confirma-se a sua competência para favorecer a democratização dos dados e apropriação da informação na medida em que auxilia na identificação de características que não podem ser observadas pela leitura de uma tabela ou de um arquivo alfanumérico, aproxima o cidadão dos dados e elimina a necessidade de ferramentas complexas para sua utilização. A visualização da informação, por sua vez, se aplicada de forma unidirecional, sem a possibilidade de uma visão controversa, caracteriza-se como informação pronta, não colaborando para a democratização dos dados e nem para a apropriação social da informação. Contudo, caso seja possibilitada a participação de indivíduos com diferentes perfis e perspectivas, interagindo com a visualização da informação, as características de tal participação permitem confirmar a hipótese de que tal participação diminui as influências do autor da visualização inicial, apresenta novas perspectivas sobre a informação, suscita a controvérsia e favorece a apropriação social da informação. |