Prevenção à sífilis a partir de sujeitos e saberes locais: proposta de um modelo de educomunicação em cocriação com indígenas Potiguara

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moura, Deyse Alini de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Aberta de Portugal
Departamento de Ciências e Tecnologia
Portugal
Doutoramento em Média-Arte Digital
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/561
Resumo: Com o status de epidemia adquirido pela sífilis no Brasil em 2016, o Ministério da Saúde (2017) implementou o Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, que visa à redução da sífilis adquirida e em gestantes e à eliminação da sífilis congênita no país. O Projeto “Sífilis Não!” promove ações conjuntas, integradas e colaborativas, envolvendo setores diversos interessados em fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos eixos do projeto determina a realização de pesquisas na área da Educomunicação que resultem em produtos que permitam, dentre outras ações, o uso da mediação tecnológica com foco na educação e na comunicação para disseminação de informações voltadas para profissionais, gestores, usuários e população geral. Esta tese propõe a criação de um modelo de Recurso Educacional Aberto (REA) construído em conjunto com indígenas da etnia Potiguara, do município de Baía da Traição (PB), que, ao ser disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS, permita a comunidades indígenas de todo o país instruírem-se para o uso de podcasts na produção e no compartilhamento de conhecimentos em saúde, a partir de sujeitos e saberes locais (Geertz, 2014; Morin & Terena, 2010). A metodologia da pesquisa-ação (Thiollent, 2011) foi aplicada para investigar os hábitos, a cultura, e as necessidades específicas de comunicação da comunidade Potiguara. Pesquisa bibliográfica (Stumpf, 2006), realização de seminário (Oliveira-Formosinho, 2014; Travancas, 2006) e de entrevistas semiestruturadas (Duarte, 2006) compuseram o rol de técnicas que permitiram o aprofundamento da investigação com vistas à sua fundamentação teórica e ao levantamento de dados oficiais sobre a sífilis e a população indígena brasileira. O estudo apontou que os REA desenvolvidos a partir do saber local não apenas contribuem para que os mais excluídos tenham acesso a ambientes educacionais formais e não-formais (UNESCO, 2015), mas são cada vez mais importantes em processos de aprendizagem ao longo da vida (Lifelong Learning). Em uma realidade dominada pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC), o uso da internet e o planejamento instrucional que leva em consideração o perfil, as necessidades e o contexto do aluno (Filatro, 2019) são as principais características da nova era da educação.