Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
OLÍMPIO JÚNIOR, Hebert |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário Augusto Motta
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/211
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Resumo: |
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica, com característica sistêmica, que cursa com sintomas de fadiga e dispneia nos pacientes acometidos, o que pode levar a redução da capacidade funcional (CF). Entre os testes de CF de medida indireta existentes, o teste de Glittre (TGlittre) se destaca por englobar uma ampla gama de funções do corpo, representando de maneira mais global as atividades de vida diária. A avaliação da eficiência ventilatória é uma das variáveis valorizadas no prognóstico da IC. Portanto, a análise da associação destas variáveis é importante para direcionar o plano de tratamento e indicar o prognóstico clínico em pacientes com IC. Objetivos: Investigar a associação entre a capacidade funcional e as variáveis ventilatórias em pacientes com Insuficiência Cardíaca medidas durante a realização do teste de Glittre. Métodos: Foram incluídos no estudo 8 pacientes com IC, com classificação funcional NYHA entre II e III, de ambos os sexos e com idade superior a 55 anos. Os pacientes foram submetidos à anamnese, exame físico e a Espirometria. Em um segundo momento realizaram o teste TGlittre com analisador metabólico de gases por meio de telemetria. Antes e depois da realização do teste foram medidas a pressão arterial, frequência cardíaca, saturação e avaliação da dispneia e fadiga por meio da Escala de Percepção de esforço de Borg. Resultados: O valor da mediana referente ao tempo de execução do TGlittre nos pacientes estudados foi de 4min39s (3min29s-5min53s), enquanto os valores antes e após o TGlitrre para escala de percepção de esforço de Borg de membros inferiores foi 2.00 (0.00-9.00) e 3.00 (1.00-10.00)(p<0.05) e para avaliação da dispneia foi 1.50 (1.00-3.00) e 4.00 (3.00-7.00). Quanto às variáveis hemodinâmicas, os valores de FC, PAS e PAD após o TGlittre foram significativamente maiores que os valores em repouso (p<0.05), ao passo que a SpO2 não apresentou diferença estatística entre as duas medidas (p>0.05). As correlações significativas encontradas foram entre o VE/VCO2 e o tempo de execução do TGlittre (r = 0.714; p=0.047) e entre o VE/VCO2 e a escala de percepção de esforço de fadiga de Borg (r = 0.761; p=0.028). As demais variáveis ventilatórias não apresentaram correlação significativa (p>0.05). Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstram uma associação entre a CF medida pelo TGlittre e a eficiência ventilatória (VE/VCO2) em pacientes com IC. Ainda que esta variável não seja fortemente influenciada por outros fatores intrínsecos e extrínsecos, a interpretação do TGlittre deve levar em consideração as comorbidades, a idade, o condicionamento físico, bem como as demais particularidades apresentadas pelos indivíduos avaliados. Pode-se sugerir que o tempo de execução do TGlittre possui aplicabilidade para determinar a eficiência ventilatória, sendo o mesmo diretamente proporcional a esta variável (VE/VCO2), o que valoriza a sua aplicação em pacientes com IC em conjunto com outros testes de capacidade funcional para direcionar o plano de tratamento e indicar o prognóstico clínico. |