“É tão bom dançar Toré com os Praiás”: etnicidade e ritual entre os Jiripankó - Alagoas
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Estado de Alagoas
Universidade Federal de Alagoas Brasil Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/605 |
Resumo: | Localizado territorialmente na zona rural do município de Pariconha, no alto Sertão de Alagoas, o povo indígena Jiripankó tem sua história permeada por múltiplos processos de idas e voltas, de continuidades e descontinuidades e estratégias políticas, religiosas, culturais. Além de um complexo sistema religioso e ritualístico, denominado pelo grupo étnico de ciência da tradição, que modela e constrói a identidade étnica, que reforça o pertencimento e que estabelece princípios da organização social. Para os Jiripankó, os eventos ritualísticos são espaços de estabelecimento de elo com o sagrado, ou seja, com os seres Encantados, que os protegem e guiam, a partir do conjunto de conhecimento da sua tradição religiosa. Meu objetivo nesta etnografia é discutir como a ciência da tradição Jiripankó está envolvida em práticas socioculturais e estabelece princípios da organização social a partir dos rituais. Então, através da análise dos rituais Jiripankó do Menino do Rancho e das Corridas do Umbu irei explorar os mecanismos e arranjos da ciência da tradição na organização social do grupo. Para tanto, realizei uma pesquisa etnográfica, de cunho qualitativo com observação participante, realização de entrevistas, registro etnofotográfico e videográficos, elaboração de diário de campo e pesquisas em acervos e arquivos públicos e, ainda na metodologia, pelas circunstâncias sanitárias devido à Covid-19, utilizei recursos da etnografia digital para produzir dados, a partir da comunicação com os membros do grupo. Como base teórico-metodológica, me vali dos estudos e reflexões de: Claudia Mura (2013; 2012), Fredrik Barth (2000; 2005; 2011; 2003), João Pacheco de Oliveira (1999; 2004; 2022), José Adelson Lopes Peixoto (2018a; 2018b; 2019; 2020a; 2020b), José Maurício Arruti (1996), Siloé Amorim (2017; 2003) e Yuri Rodrigues (2020). Por fim, esta pesquisa apresentará como a ciência da tradição é vivida através dos rituais e como ela está vinculada à etnicidade, à organização social e à construção/fortalecimento da identidade étnica do grupo. Assim, apresentarei como as relações com as entidades encantadas são nutridas nos espaços ritualísticos, garantindo a continuidade étnica do grupo. |