Reflexão sobre a matemática e seu processo de ensino-aprendizagem: implicações na (re)elaboração de concepções e práticas dos professores
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Educação Brasil Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/733 |
Resumo: | Este estudo busca aprofundar a compreensão da importância da reflexão para o desenvolvimento da prática docente. As investigações produzidas no âmbito dessa perspectiva a epistemologia da prática têm constatado que o exercício da reflexão/prática reflexiva desempenha um papel fundamental na formação inicial e continuada e na compreensão da ação educativa. No entanto, há pouca informação no que se refere ao papel da reflexão no desenvolvimento de concepções sobre a Matemática e seu ensino. O objetivo desta pesquisa foi investigar o pensamento reflexivo dos professores sobre a Matemática e seu processo de ensino-aprendizagem e sua importância na (re)elaboração de suas concepções. A investigação teve como propósito responder às seguintes questões: Qual a importância da reflexão para o desenvolvimento do pensamento e da ação do professor que ensina Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Que modelo(s) de reflexão deve(m) configurar a prática desse professor? Que prática reflexiva contribui para a (re)elaboração das concepções do professor sobre a Matemática e seu ensino? A prática do registro sobre a aprendizagem matemática do aluno contribui para a aquisição e compreensão de novos saberes e conhecimentos pedagógicos? Para tanto, norteia-se, inicialmente, no conceito de reflexão apresentado pelo filósofo John Dewey (1959), em sua obra Como pensamos, e nos desdobramentos do termo apontados por Schön (1983, 2000), Shulman (1987), Moraes (1997) e Chardin (2006). Expande a compreensão do termo na vertente da reflexão críticoemancipatória defendida por Car (1996), Kar e Kemmis (1998), Giroux (1986; 1992; 1997), Zeichner (1993a, 1993b) e Contreras (2002). Parte da premissa de que a reflexão/prática reflexiva é possibilitadora da (re)elaboração de concepções sobre a Matemática e seu processo de ensino-aprendizagem e, desse modo, possibilita novas maneiras de entendimento sobre o que e como ensinar essa disciplina. Utiliza as abordagens da pesquisa qualitativa e do método interpretativo para analisar o conteúdo da reflexão de seis professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, acerca da Matemática e seu processo de ensino-aprendizagem. Os instrumentos utilizados na análise foram a observação, entrevistas e análise de documentos registros de aulas e fichas de avaliação. Aponta os seguintes resultados: os professores utilizam as concepções adquiridas no momento da formação básica e inicial para orientar a prática educativa. A (re)elaboração de concepções sobre a Matemática e seu ensino é desencadeada através de um movimento cíclico, iniciando-se com a reflexão sobre a ação e dando continuidade nos momentos da formação continuada, através da reflexão coletiva sobre o processo de ensino-aprendizagem desta disciplina. Conclui que a reflexão coletiva age como impulsionadora de mudanças nas concepções dos professores sobre a Matemática e seu ensino. Nesse sentido, a investigação constitui-se como um caminho interessante para discussões relacionadas ao pensamento do professor sobre a Matemática e seu ensino, o desenvolvimento e a compreensão da prática, dos conhecimentos e dos saberes e da formação de professores. |