Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Bruno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/323
|
Resumo: |
A fadiga mental (FM) e a privação/privação parcial do sono (PS/PPS), por si só, prejudicam o desempenho percepto-cognitivo e físico de atletas das mais variadas modalidades esportivas. Estudos que avaliem os efeitos da FM e PPS conjugados, que individualizem a carga cognitiva e a duração da PPS e que analisem o desempenho percepto-cognitivo e físico de atletas de voleibol de praia a partir de testes ecológicos são necessários. Esse estudo teve como objetivo analisar os efeitos da PPS e da FM, conjugadas e isoladas, no desempenho percepto-cognitivo e físico em atletas treinados de voleibol de praia. Participaram do estudo 14 atletas treinados de voleibol de praia (12 homens; 17,6±1,5 anos). O estudo foi do tipo experimental de medidas repetidas, cruzado e randomizado e adotou quatro condições experimentais: a) Controle (CT), b) FM, c) PPS e d) PPS+FM. A FM foi induzida pelo Stroop task incongruente e a atividade de sono dos voluntários foi monitorada por oito noites consecutivas. A carga cognitiva e a duração da PPS foram individualizadas. O cumprimento da PPS foi monitorado por formulário online, preenchido em intervalos de 15 minutos pelo tempo que perdurou a PPS. O desempenho físico foi medido por uma série de 50 saltos com contramovimento com intervalos de 5 segundos entre cada salto realizados em esforço máximo e o desempenho percepto-cognitivo foi avaliado via testes visuomotores com luzes de light emitting diode (LED) que simularam ações de defesa e bloqueio no voleibol de praia. Os desfechos primários do estudo foram analisados pela análise de variância ANOVA de um fator (condição [4]) e o post-hoc de bonferroni foi aplicado para localizar as eventuais diferenças estatisticamente significantes. Os dados contínuos estão apresentados como média e desvio padrão e os categóricos como valores absolutos e relativos. A condição PPS causou respostas mais lentas no tempo de reação (TR) “mais rápido” (p=0,02; d de Cohen=1,12; PPS: 1562.14±109.06 ms vs CT: 1440.71±101.41 ms) e “média” (p=0,02; d de Cohen=1,13; PPS: 1874.29±144.63 ms vs CT: 1727.14±113.30 ms) do teste visuomotor de defesa comparado ao CT e a condição PPS+FM apresentou prejuízo no TR “média” (p<0,01; d de Cohen=1,38; PPS+FM: 1906.43±133.45 ms vs CT: 1727.14±113.30 ms) do mesmo teste comparado ao CT. Para o teste visuomotor de bloqueio foi observado que a condição PPS+FM prejudicou o TR “média” (p=0,04; d de Cohen=1,06; PPS+FM: 722.14±100.09 ms vs CT: 631.42±82.17 ms) e “índice de desempenho” (p=0,02; d de Cohen=1,18; PPS+FM: 0,14±0,02 u.a vs CT: 0,16±0,02 u.a) comparado ao CT. O desempenho físico não foi prejudicado por nenhuma condição experimental. Conclui-se, portanto, que a PPS, isolada e conjugada à FM, prejudicam o desempenho percepto-cognitivo de atletas treinados de voleibol de praia, entretanto, os prejuízos da PPS conjugados à FM não se sobrepõem àqueles observados na PPS quando isolada. Adicionalmente, o desempenho físico não foi prejudicado nem pela FM nem pela PPS em atletas treinados de voleibol de praia. |